Independência das produções em experimentos com culturas olerícolas
Resumo
O conhecimento da variabilidade da produção entre as parcelas
experimentais dentro do ambiente protegido, tanto no espaço como ao longo das
diferentes colheitas, se faz necessário, pois possibilita a redução do erro
aumentando a confiabilidade nos resultados com a adoção de técnicas
experimentais e manejos culturais apropriados. Assim sendo, o objetivo deste
estudo foi caracterizar a independência espacial e temporal das produções de frutos
entre parcelas de culturas olerícolas cultivadas em ambiente protegido. Foram
utilizados dados de produção de experimentos em branco realizados em cultivo
protegido com as culturas de abobrinha italiana, pimentão, feijão-vagem e alface, no
Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Com os
valores da produção individual foram simuladas diferentes tamanhos de parcelas
conforme o número de plantas na linha de cultivo. Para verificar a aleatoriedade da
distribuição dos dados, foi aplicado o teste de sequências entre parcelas dentro da
linha em colheitas individuais e agrupadas, e da mesma parcela entre colheitas
individuais e agrupadas. A aleatoriedade da produção entre parcelas é favorecida
quando estas são formadas por um maior número de plantas. A realização de um
baixo número de colheitas é suficiente para tornar a produção das parcelas aleatória
com o decorrer das colheitas realizadas. Agrupamentos maiores que duas colheitas
e parcelas formadas por mais que duas plantas é a combinação mais eficiente para
redução da não aleatoriedade da produção em cultivos de abobrinha italiana. O uso
de 10 plantas por parcela em experimentos com pimentão é suficiente para que não
haja linhas com falta de aleatoriedade da produção de fitomassa fresca de frutos.
Em experimentos com feijão-vagem conduzidos em estufa plástica o uso de
parcelas com mais de quatro unidades básicas torna aleatória a produção de
fitomassa fresca de frutos dentro das linhas. Já para experimentos sem proteção ou
em túnel alto as parcelas devem ser de mais de três unidades básicas. Parcelas
com mais plantas favorecem a independência na produção de fitomassa fresca em
experimentos com alface em ambiente protegido.