Germinação in vitro de sementes e morfogênese de porongo (Lagenaria siceraria (Mol.) Standl.) e mogango(Cucurbita pepo L.)
Resumo
O estabelecimento e a germinação in vitro suprem explantes em grande quantidade para a organização de experimentos em morfogênese, a qual apresenta muitas aplicações, tais como a indução de flores in vitro, a obtenção de plantas haplóides e
duplo-haplóides, a propagação clonal em massa, a embriogênese somática, entre tantas outras. O objetivo deste trabalho foi desenvolver protocolos que permitam o
estabelecimento e a germinação in vitro das espécies de porongo (Lagenaria siceraria (Mol.) Standl.) e mogango (Cucurbita pepo L.) para subsidiar pesquisas em morfogênese. Foram realizados testes com álcool 70% e NaOCl (Hipoclorito de sódio) para a desinfestação de sementes e investigados vários fatores envolvidos na germinação in vitro, tais como pressão osmótica, fotoblastismo, presença do tegumento, adição de auxinas, tempo de embebição e escarificação. Explantes cotiledonares foram utilizados para a indução de organogênese direta. Ápices caulinares e segmentos nodais foram cultivados em meio MS sem a adição de reguladores de crescimento. Nenhum dos tratamentos utilizados foi eficiente para permitir a germinação de sementes inteiras de porongo em meio de cultura, porém houve germinação em papel germitest umidecido com 7,5 vezes a massa do papel. Não foi verificado fotoblastismo para o porongo. A redução da pressão osmótica não aumentou o percentual de germinação de porongo e mogango. Ápices caulinares e segmentos nodais de porongo regeneram sem a adição de reguladores de
crescimento. Explantes cotiledonares podem ser utilizados para a indução de brotações adventícias, em porongo e mogango, porém a taxa de proliferação é baixa