Do equilíbrio em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna
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Data
2011-03-04Primeiro membro da banca
Cóser, Pedro Luiz
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Introdução: A tontura é observada entre 5 e 10% da população mundial, atingindo ambos os gêneros. Pode ser de dois tipos: rotatória (vertigem) ou não rotatória. As crises de tontura podem prejudicar a vida do paciente, levando à redução do convívio social e dificultando as atividades de vida diária. O tipo de tontura rotatória mais comum é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna. Os episódios geralmente são rápidos e desencadeados pelo movimento de cabeça, podendo ser acompanhado de náuseas, vômitos e queda. O diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna é realizado através da manobra de Dix-Halpike, que verifica a presença de nistagmo e/ou tontura. Não há relatos de alteração nos testes convencionais de pacientes com queixa de Vertigem Posicional Paroxística Benigna. Isto é verificado apenas na vectoeletronistagmografia. O tratamento desse tipo de vertigem é realizado pela manobra de reposição canalítica. Objetivo: verificar os resultados encontrados nas avaliações realizadas pelos pacientes com Vertigem Posicional Paroxística Benigna, com ênfase nos resultados encontrados na vectoeletronistagmografia e sua relação com o canal semicircular afetado. Material e Método: o estudo foi realizado no ambulatório de otologia do Hospital Universitário de Santa Maria. A amostra foi composta por todos os pacientes que compareceram ao ambulatório com queixa de vertigem posicional paroxística benigna. Os pacientes realizaram anamnese, manobra de Dix-Halpike, vectoeletronistagmografia e manobra de Epley. Estes foram divididos em dois grupos: grupo controle, composto pelos pacientes com resultado negativo na manobra de Dix-Halpike, e grupo estudo, composto pelos pacientes com resultado positivo nesta manobra. Resultados: Houve prevalência do sexo feminino entre os pacientes e a média de idade foi de 57 anos. O canal semicircular mais afetado foi posterior e a teoria que prevaleceu foi a ductolitíase. O número médio de manobras necessárias para abolir o nistagmo de posicionamento é 1,58 e houve 4 (6,9%) casos de recidiva. Quando analisada as provas da vectoeletronistagmografia, foi observada presença de nistagmo espontâneo e alteração na prova rotatória pendular decrescente. Entretanto, essas alterações não estão relacionadas com o canal semicircular afetado. Na prova calórica houve predomínio da normorreflexia. Conclusão: A manobra de Epley é eficaz para pacientes com vertigem posicional paroxística benigna, mesmo nos casos em que ocorrem recidivas. As alterações encontradas na vectoeletronistagmografia não estão relacionadas com o canal semicircular afetado. De fato, essas alterações são decorrentes da presença de nistagmo espontâneo e nistagmo latente. Consequentemente, não foi possível verificar outros métodos para o diagnóstico da vertigem posicional paroxística benigna.