Estaquia de Luehea divaricata Mart. (Açoita-cavalo)
Resumo
Foram realizados três estudos com objetivo de avaliar a influência do ácido indolbutírico (AIB), substrato e tipo de estaca no enraizamento de Luehea divaricata. No primeiro estudo avaliou-se o efeito do diâmetro da estaca e AIB no enraizamento adventício. Foram utilizadas estacas lenhosas, de matrizes com aproximadamente dez anos de idade, distribuídas conforme o diâmetro (fino, médio, grosso) e nível de AIB (0, 5000mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado consistindo de 12 unidades experimentais por repetição e cinco repetições por tratamento. Não houve interação do diâmetro da estaca e AIB para as variáveis sobrevivência, número e comprimento radicial. Houve, entretanto, interação para o número de estacas enraizadas. Não houve influência do diâmetro sobre o número de raízes em Luehea divaricata. Estacas grossas apresentaram maior sobrevivência, enraizamento e comprimento radicial em relação às estacas de menor diâmetro. A sobrevivência das estacas não foi influenciada pelo ácido indolbutírico. Estacas tratadas com 5000mg L-1 AIB apresentaram maior enraizamento, número e comprimento radicial quando comparadas ao tratamento controle. Estacas grossas imersas em 5000mg L-1 de AIB são indicadas na propagação de Luehea divaricata. No segundo estudo avaliou-se o tipo de estaca e AIB no enraizamento dessa espécie. Foram utilizadas estacas lenhosas, de matrizes com aproximadamente dois anos de idade, distribuídas conforme a posição da estaca no ramo (apical, mediana, basal) e concentração de AIB (0, 1000, 2000, 4000mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco unidades experimentais por repetição e cinco repetições por tratamento. Não houve interação entre posição da estaca e AIB para as variáveis enraizamento e número radicial. Houve, entretanto, interação para massa seca radicial e foliar. O fator posição apresentou influência em todas as variáveis, sendo observado, em estacas basais, maior enraizamento, número de raízes, massa seca radicial e foliar. A variável massa seca foliar não foi influenciada pela aplicação de ácido indolbutírico. Estacas com 4000mg L-1 de AIB apresentaram maior enraizamento e número de raízes. Por outro lado, observaram-se maiores valores de massa seca radicial em estacas com 2000mg L-1 de ácido indolbutírico. No terceiro estudo avaliou-se o tipo de estaca e substrato no enraizamento de Luehea divaricata. Foram utilizadas estacas herbáceas, de matrizes com dois anos de idade, distribuídas conforme o tipo de estaca (com / sem folha) e tipo de substrato (vermiculita, Mecplant®, Plantmax®, turfa). O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco unidades experimentais por repetição e dez repetições por tratamento. Não houve interação do substrato com o tipo de estaca para as variáveis enraizamento e número radicial. Houve, entretanto, interação para comprimento radicial, massa seca radicial e massa seca foliar. O tipo de estaca apresentou influência em todas as variáveis estudadas. Estacas cultivadas em turfa e Plantmax® apresentaram maiores valores de comprimento radicial, massa seca foliar e massa seca radicial. Estacas com um par de folhas cultivadas em Plantmax® são indicadas na propagação de Luehea divaricata.