Altimetria com topografia convencional e sensoriamento remoto
Resumo
A altimetria do terreno, por muitas décadas, tem sido obtida, quase que exclusivamente por meio da topografia convencional. O avanço da tecnologia permitiu o desenvolvimento de missões espaciais e a criação de satélites artificiais, fazendo com que a ciência do Sensoriamento Remoto se expandisse de forma exponencial. O SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) e o ASTER GDEM (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) são programas espaciais que fornecem informações altimétricas de quase todo o globo terrestre. O programa Google Earth utiliza-se dessas informações e as disponibiliza para seus usuários de forma prática e rápida. Pela facilidade de acesso aos dados provenientes destas técnicas, muitos usuários os utilizam sem conhecer os problemas geométricos existentes nesses produtos, o que pode comprometer a qualidade dos resultados obtidos através dessas técnicas. Por esse motivo, há a necessidade de uma prévia avaliação para aferir a qualidade e a aplicabilidade de cada método. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi analisar a acurácia de três formas de obtenção de altitude: por SRTM, ASTER e Google Earth, comparando-os com a topografia convencional e com o GPS, por serem técnicas mais consolidadas. Para isso, foram realizados dois levantamentos in situ, um através de receptores GPS e outro por topografia convencional, onde as altitudes dos pontos foram comparadas com as altitudes obtidas pelos três métodos analisados, resultando nas discrepâncias. Os resultados mostram que os dados provenientes do SRTM, fornecidos pela Embrapa Monitoramento por Satélite, através do Projeto Brasil em Relevo, são mais acurados do que os dados ASTER e Google Earth, além disto, também foi constatado que a técnica de interpolação da Krigagem apresenta melhores resultados para a espacialização de dados altimétricos.