Parametrizações convectivas no modelo WRF e sua relação com a precipitação durante ciclogêneses no sudeste da América do Sul
Fecha
2014-02-25Metadatos
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O modelo Weather Research and Forecasting (WRF) é utilizado na simulação de
26 casos de ciclogênese no sudeste da América do Sul, na região ciclogenética próxima
da foz do Rio da Prata. As simulações compreenderam 26 casos de ciclogênese nos quais
foi observada precipitação sobre a região, especialmente sobre o estado do Rio Grande
do Sul. Tendo em vista o importante papel das parametrizações convectivas na produção
de precipitação em um modelo numérico de previsão de tempo, este estudo visa avaliar a
precipitação produzida nas simulações dos casos de ciclogênese utilizando três diferentes
esquemas de parametrização da convecção: Betts-Miller-Janjic (BMJ), Grell-Dévényi
(GD) e Kain-Fritsch (KF), mantendo as outras opções físicas constantes, de modo a isolar
o impacto do uso das diferentes parametrizações para a convecção. Para a avaliação
da precipitação simulada foram utilizados índices estatísticos, com o objetivo de avaliar
objetivamente o campo de chuva simulado a partir do conjunto de dados observados
(TRMM e MERGE), possibilitando também uma comparação entre as simulações com os
diferentes esquemas. Os resultados dos índices mostraram que em geral, o WRF representa
melhor a chuva dos limiares mais fracos, com índices baseados no posicionamento
(ETS, POD e RAF) tendo valores mais próximos dos ideais. O índice BIAS indicou que
a área de chuva fraca é, em geral, superestimada enquanto que a de chuva moderada
a forte apresentou diferenças maiores entre as simulações com os esquemas KF e BMJ
e na verificação com os dois conjuntos de dados observados. As diferenças nos índices
mostraram que a forma como os fluxos convectivos são tratados pelos esquemas exerce
grande influência na precipitação produzida, com as maiores diferenças sendo observadas
entre os esquemas KF e BMJ. As simulações com o esquema BMJ, que é baseado
no ajuste convectivo dos perfis, claramente produziram menor área e volume de chuva,
principalmente se comparadas às simulações com o KF. Juntamente com menor produção
de precipitação, as simulações com o BMJ apresentaram, em média, menor partição
de precipitação convectiva se comparada às outras. O campo de pressão ao nível do mar
não apresentou diferenças muito significativas, com o WRF simulando de forma consistente
com as análises FNL-GFS, o posicionamento e pressão central do ciclone.