Avaliação do uso de extrato tanífero de Acacia mearnsii como modulador da fermentação ruminal em bovinos
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Data
2012-03-02Primeiro membro da banca
Cajarville, Maria Cecília
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Foi avaliado o efeito da adição de níveis de extrato tanífero de Acacia mearnsii na
dieta de bovinos sobre variáveis da fermentação ruminal, da digestão e retenção de N. Foram
utilizados quatro bovinos da raça Holandês, machos castrados (156±33 kg de peso corporal),
implantados cirurgicamente com cânula duodenal e sonda ruminal em um delineamento
Quadrado Latino 4×4, com quatro períodos experimentais de quinze dias, sendo dez dias para
adaptação às dietas e cinco dias para coleta de amostras. A dieta foi constituída de 60% de
aveia preta (Avena Strigosa) fornecida duas vezes ao dia (08:00h e 17:00h), e 40% de
concentrado composto de 30% de farelo de soja, 35% farelo de arroz desengordurado e 35%
de milho triturado, fornecido três vezes ao dia (8:00h, 12:30h e 17:00h). Foi testada a inclusão
de 0, 2, 4 e 6% de extrato tanífero (base de MS) no concentrado. O consumo de MS da dieta
foi restrita a 2% do peso vivo dos animais. A inclusão do extrato tanífero reduziu linearmente
(P≤0,10) as concentrações ruminais de N-amônia, N α-amino e açúcares redutores, mas não
afetou o pH ruminal. A digestibilidade total aparente e verdadeira da matéria orgânica da dieta
não foi afetada pelos tratamentos. A retenção de N foi mais alta e a excreção urinária de N foi
mais baixa nos tratamentos com 4 e 6 % de inclusão de extrato tanífero no concentrado
(P≤0,10). Com o aumento da inclusão de extrato tanífero no concentrado a digestibilidade
ruminal da matéria orgânica reduziu linearmente (P≤0,10). Quando expresso em relação a
MO consumida, o fluxo duodenal de N α-amino aumentou linearmente (P≤0,10) com o
aumento do extrato tanífero A inclusão de extrato tanífero de Acacia mearnsii no concentrado
até o nível de 6% da MS (2.4% da dieta), tem o potencial de aumentar a oferta de proteína
metabolizável sem afetar negativamente a oferta de energia digestível em bovinos
alimentados com dietas que incluem concentrado com alta proporção de proteína degradável
no rúmen.