Fermentação ruminal e digestibilidade em bovinos recebendo dietas com ou sem adição de extrato tanífero de Acacia mearnsii
Resumo
Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar a adição de 1,5% de extrato
tanífero de Acacia mearnsii na MS da dieta total de bovinos sobre a fermentação ruminal,
digestão e retenção de N. Utilizou-se quatro bovinos da raça Holandês, machos castrados (263
± 57 kg de peso corporal), em um delineamento Quadrado Latino 4×4, com quatro períodos
experimentais de quinze dias, sendo dez dias para adaptação às dietas e cinco dias para coleta
de amostras. A dieta foi constituída de 70% de silagem de milho e 30% de concentrado (base
matéria seca (MS)), que incluiu como fonte proteica farelo de soja (FS) ou farelo de canola
(FC), com ou sem inclusão de extrato tanífero de Acacia mearnsii. A silagem de milho e o
concentrado foram oferecidos misturados, duas vezes ao dia (08:00 e 17:00h). O consumo de
MS da dieta foi restrito a 2,5% do peso vivo dos animais. A inclusão do extrato tanífero não
teve efeito sobre as concentrações ruminais de N amoniacal, N α-amino, açúcares redutores e
pH ruminal. A digestibilidade total aparente e verdadeira da matéria orgânica da dieta foram
afetadas negativamente pelos tratamentos. A retenção de N e a excreção urinária de N foi
similar entre os tratamentos (P<0,05). A digestibilidade ruminal da matéria orgânica diminuiu
com a inclusão de extrato tanífero (P<0,05). A síntese e eficiência de proteína microbiana
não foi afetada pela inclusão de extrato tanífero (P<0,05). Mais estudos devem conduzidos
com a finalidade de determinar um nível adequado de extrato tanífero de Acacia mearnsii a
fim de aumentar a oferta de proteína metabolizável sem reduzir a digestibilidade da dieta.