Crescimento e características da carcaça de cordeiros Texel terminados em confinamento
Fecha
2013-02-28Metadatos
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O objetivo deste estudo foi avaliar o crescimento pós-desmame de cordeiros da raça Texel terminados em confinamento. Foram utilizados 30 cordeiros machos, não castrados e nascidos de parto simples. Os cordeiros foram desmamados com aproximadamente 50 dias de idade, confinados individualmente e distribuídos em cinco tratamentos com seis repetições, sendo cada tratamento um peso pré-estabelecido de abate (T23 abate inicial, T25, T30, T35 e T40). A dieta era composta por silagem de sorgo (Sorghum bicolor (L) Moench) e mistura concentrada constituída por grão de milho triturado (Zea mays L.), farelo de soja (Glycine max L.) e mistura mineral. No período que antecedia o abate, pesavam-se os cordeiros e realizavam-se as medidas biométricas in vivo. Após a sangria, cada componente não carcaça foi pesado individualmente. Posteriormente, as carcaças eram acondicionadas em câmara fria a 2°C por 24h e passado este período, realizava-se a avaliação das mesmas, sendo que cada corte comercial da meia-carcaça direita foi pesado individualmente e congelado para realização da dissecação dos tecidos. O ganho de peso médio diário não foi influenciado pelo aumento no peso vivo ao abate, obtendo-se um valor médio de 0,252 kg/dia. Verificou-se aumento linear crescente para a conformação, o escore de condição corporal, as medidas biométricas realizadas in vivo e também para todas as medidas realizadas na carcaça dos animais. O peso de carcaça quente e o peso de carcaça fria aumentaram linearmente como uma consequência do aumento no peso de abate dos cordeiros. Por outro lado, o rendimento de carcaça quente, o rendimento de carcaça fria e o índice de quebra ao resfriamento não foram influenciados pelo peso de abate, apresentando valores médios de 46,12%, 44,83% e 2,79%, respectivamente. No que diz respeito à composição regional da carcaça, os pesos de pescoço, paleta, costilhar e perna aumentaram linearmente com aumento do peso de abate dos cordeiros. Quando expressa em termos percentuais, apenas a porcentagem de perna foi influenciada pelo peso de abate, apresentando comportamento linear decrescente. Os resultados referentes ao crescimento relativo ou alométrico indicam que a paleta e a perna apresentam desenvolvimento precoce, enquanto que o pescoço e o costilhar apresentam desenvolvimento tardio. Os pesos dos tecidos osso, músculo e gordura aumentaram linearmente na meia carcaça e nas suas regiões. Por outro lado, a porcentagem de osso se manteve constante no pescoço e diminuiu linearmente nos demais cortes, a de músculo diminuiu apenas no costilhar e se manteve constante nos demais cortes e a de gordura aumentou linearmente em todos eles, indicando que quanto mais pesado é o animal, maior é a proporção de tecido adiposo na carcaça. Os coeficientes alométricos indicam que o tecido
ósseo e o muscular são de crescimento precoce, enquanto que o adiposo é tardio, tanto nos cortes comerciais como na carcaça como um todo. A relação músculo/gordura diminuiu em todos os cortes e a relação músculo/osso aumentou de forma linear em todos eles, exceto no pescoço que se manteve constante. Os resultados referentes aos componentes não carcaça indicam que a maioria deles obteve um incremento no peso conforme o aumento no peso vivo dos animais. Já observando suas porcentagens, a maior parte não foi influenciada pelo peso vivo, apenas os constituintes pulmão+traquéia, abomaso, intestino delgado, intestino grosso, cabeça e patas é que diminuíram proporcionalmente de acordo com o incremento no peso de abate dos cordeiros. Os componentes corporais fígado, diafragma, rúmen, retículo, omaso, pele, língua, testículos, gordura interna e gordura renal, apresentam desenvolvimento tardio. De forma inversa, pulmão+traqueia, esôfago, coração, pâncreas, rins, baço, abomaso, intestino delgado, intestino grosso, sangue, cabeça, patas, e pênis, são componentes corporais que apresentam desenvolvimento precoce.