Validação de uma cartilha como tecnologia educacional com vistas à prevenção da dengue
Resumo
A dengue pode ser considerada, atualmente, um dos principais problemas de saúde pública brasileira. A Organização Mundial da Saúde estima que, entre 50 a 100 milhões de pessoas, se infectem, anualmente, em mais de 100 países. No ano de 2016, foram registrados 1.500.535 casos prováveis de dengue no país. Nesse sentido, surge a necessidade de buscar estratégias para melhor informar e educar a população sobre a dengue e, para tanto, é relevante utilizar tecnologias educativas sensibilizadoras da importância do conhecimento dos sujeitos sobre este problema público. As tecnologias educacionais (TE) são definidas como um conjunto sistemático de conhecimentos científicos que tornam possível o planejamento, a execução, o controle e o acompanhamento envolvendo todo o processo educacional formal e informal. Para tanto, teve-se como objetivo geral da pesquisa: validar junto a juízes-especialistas uma cartilha para a prevenção da dengue, a fim de torná-la uma TE. E como objetivos específicos: verificar se a cartilha é um instrumento, estatisticamente válido, na opinião dos juízes-especialistas e reavaliar e reelaborar a cartilha, conforme comentários/sugestões dos juízes. Tratou-se de uma pesquisa de desenvolvimento metodológico desenvolvida com dois grupos de juízes-especialistas. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento organizado, conforme a escala de Likert. Para a análise dos dados foi realizado o índice de validade de conteúdo (IVC), e os dados captados foram tratados, com base na análise estatística descritiva, sendo apresentados sob a forma de tabelas e quadros. Foram respeitados os aspectos éticos, de acordo com a Resolução 466/2012. A partir dos resultados da pesquisa, o texto e as ilustrações da cartilha passaram por uma reelaboração. As sugestões textuais recaíram sobre a substituição de expressões, reelaboração e substituições de frases, acréscimo de informações, linguagem e revisão gramatical, fatores considerados imprescindíveis na preparação-produção do material educativo. Já, em termos de formato e estética da cartilha, foi imperiosa a avaliação técnica dos profissionais de outras áreas, que não da saúde, que evidenciaram no material, questões específicas de contorno, acabamento, traços, formato de balões, linhas, tipografia, fontes gráficas, escala de tamanhos, tonalidade das cores, contraste, ambientação cromática e impressão. As ilustrações foram todas refeitas, acrescentando-se clareza, expressividade, movimento, interação e contextualização. Diante disso, tem-se a expectativa de que a elaboração e a validação desta cartilha, sobre a prevenção da dengue, possa incentivar a construção de novas ferramentas didáticas, especialmente na área de enfermagem, visto que a profissão carece expandir e valorizar suas produções, mesmo que estas não venham sendo, predominantemente, compostas por artefatos e inventos, e sim, de estratégias para sistematizar o processo de trabalho ou a estruturação de material didático-pedagógico para a educação e a promoção da saúde. Conclui-se que a cartilha, ao adequar-se as sugestões e comentários dos juízes, pode tornar-se uma ferramenta válida a ser utilizada para a população, com o objetivo de informar, de maneira lúdica, as formas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, buscando promover a reflexão sobre as formas de enfrentamento da doença.
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