Impacto do tratamento odontológico na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de adolescentes: uma abordagem quantitativa e qualitativa
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2017-07-31Metadatos
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A avaliação do impacto do tratamento dentário em adolescentes deve utilizar medidas que sejam capazes de quantificar e entender os aspectos orais, sociais, funcionais e relacionados ao bem estar emocional percebido pelos próprios pacientes. Além disso, deve ser capaz de compreender como as intervenções odontológicas podem alterar o cotidiano e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal desses indivíduos. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar e compreender qual é o impacto do tratamento odontológico na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQoL) de adolescentes, utilizando um estudo de métodos mistos sequencial explanatório. Uma amostra de indivíduos de 11 a 15 anos de idade que finalizou seu tratamento odontológico na clínica de Adolescentes da Universidade Federal de Santa Maria no período de 2010 a 2016 foi incluída neste estudo. Informações socioeconômicas e relativas aos tratamentos realizados foram coletadas através de questionários auto-aplicados e ficha clínica dos pacientes. Na fase quantitativa, os indivíduos responderam ao questionário de qualidade de vida, Child Perception Questionnaire11-14 (versão reduzida), em dois momentos: previamente a realização do tratamento odontológico e um mês após o término do mesmo. As diferenças de médias dos escores antes e depois do tratamento foram comparadas utilizando teste-t pareado e cálculo do tamanho de efeito. A avaliação qualitativa foi realizada após o término do tratamento odontológico por meio de perguntas semiestruturadas realizadas de forma flexível, utilizando-se um gravador de áudio, baseadas nas dimensões do CPQ e das respostas obtidas durante o estudo piloto. As entrevistas foram realizadas até a obtenção da saturação dos dados e as falas foram transcritas segundo a análise temática proposta por Braun and Clarke. Um total de 182 adolescentes participou do estudo. Os tamanhos de efeitos variaram de 0,35 (pequeno) a 1,00 (largo), sendo o domínio sintomas orais o que apresentou maior efeito. Na fase qualitativa, foram realizadas 16 entrevistas e cinco temas foram extraídos das entrevistas: conceito de qualidade de vida, percepção de saúde bucal, procura do serviço e implicações dos problemas orais no cotidiano dos adolescentes, ambiente não suportivo e ambiente suportivo. A integração dos resultados demonstrou que após o tratamento os adolescentes pararam de relatar problemas orais e funcionais e que houve um aumento na autoestima e no seu bem estar social. Portanto, intervenções odontológicas devem ser incentivadas na adolescência, pois elas são capazes de melhorar o OHRQoL desses indivíduos.
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