Fundamentos para uma metafísica de universais imanentes: um esboço de uma teoria de indivíduos como feixes de qualidades espaçotemporais repetíveis
Resumo
Este trabalho tem dois objetivos: estudar a metafísica dos particulares e como seria possível
criar uma metafísica sem o uso deles. Começamos com um estudo da teoria tradicional do
substrato em Locke. Em seguida apresentaremos a crítica de Hume a esse modelo e nossa
preferência por uma ontologia mais parcimoniosa. Também nessa parte, comentaremos um
pouco sobre a natureza e a identidade das propriedades. Em seguida, no segundo capítulo,
apresentaremos as assim conhecidas “quatro versões da teoria do feixe”. Como o próprio
nome já diz, apresentaremos quatro interpretações da teoria do indivíduo como um feixe de
propriedades. Nos apoiaremos nos textos de Van Cleve (1985) e Casullo (1988). Cada versão
é nos seus aspectos centrais. A primeira é sobre feixes como conjuntos de propriedades, a
segunda sobre coinstanciação de propriedades, a terceira é sobre a ausência de indivíduos
acima e além das propriedades e a quarta é sobre feixes de feixes. Logo em seguida, no
capítulo terceiro, trataremos basicamente do problema da identidade dos indiscerníveis, e
faremos nossa exposição a partir de um famoso artigo de Max Black (1952). Esse problema
aparece citado já no capítulo dois, mas nesse capítulo ele é trabalhado com um pouco mais de
profundidade. Ainda neste terceiro capítulo, apresentaremos a ideia de universais imanentes
nas linhas de Zimmerman (1997) e O’Leary-Hawthorne (1995), e como essa concepção de
universais resolveria o problema apresentado por Black. Por fim, na quarta e última parte
trabalhamos com Russell. Nesta parte, a mais extensa, tratamos do problema do um-sobremuitos
e sua relação com a natureza dos universais, o problema da diversidade numérica, a
ontologia dos eventos, o problema da analiticidade e a epistemologia dos feixes.
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