Práticas de cuidado do enfermeiro a pessoas com hipertensão arterial sistêmica: perspectiva cultural
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2017-03-14Metadatos
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A pesquisa em questão teve como objeto de estudo as práticas de cuidado dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família a pessoas com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica. Como questão norteadora: como os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família desenvolvem as práticas de cuidado a pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, segundo a perspectiva cultural? A partir disso, o objetivo geral foi conhecer as práticas de cuidado realizadas pelos enfermeiros das Unidades de Saúde da Família a pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica sob a perspectiva cultural. Pesquisa com abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo que teve como cenário de estudo as Unidades de Saúde da Família em município do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes foram enfermeiros que exerciam seus cargos no cenário da pesquisa. Os dados foram coletados no período de março a agosto de 2016 por meio de entrevista semiestruturada e observação sistematizada não participante. Para a análise dos dados foi utilizada a Proposta Operativa de Minayo. A pesquisa seguiu os princípios éticos da Resolução número 466/2012. Os resultados foram organizados em duas categorias: “porque cada usuário é um”: a diversidade cultural nas práticas de cuidado dos enfermeiros a pessoa com hipertensão arterial sistêmica e “[...] mas muito mais que isso a gente não consegue fazer”: o limitar e o julgar presentes nas práticas de cuidado do enfermeiro a pessoa com hipertensão arterial sistêmica, na qual discutiram a diversidade cultural e as limitações presente nas práticas de cuidado do enfermeiro a pessoas com hipertensão arterial sistêmica. Em relação à diversidade cultural evidenciou-se que os enfermeiros realizam suas práticas pautadas em uma visão do contexto ambiental, bem como da singularidade, conhecimento e valorização do saber que o usuário traz consigo, possibilitando o cuidado mais condizente com sua realidade. Também foram discutidas as práticas de cuidado e a alimentação; evidenciou-se que os hábitos alimentares é um aspecto cultural muito presente no cotidiano da pessoa com hipertensão, porém há negociações e adaptações que podem ser realizadas entre a pessoa e o enfermeiro, para o melhor prognóstico da doença. Outra prática de cuidado abordada foi a não priorização do cuidado a pessoa com hipertensão arterial sistêmica, elegendo a áreas como saúde da mulher e da criança como foco de atuação do enfermeiro. Também foi evidenciada, a falta de tempo do profissional e o padrão cultural imutável da pessoa com hipertensão. Sendo assim, para desenvolver as práticas de cuidado é fundamental o reconhecimento da presença da cultura permeando o cuidado frente ao adoecimento crônico, como também a valorização da sua presença. As práticas de cuidado da enfermagem podem ser orientadas pela Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado de Madeleine Leininger de modo a apoiar e facilitar o cuidado aos usuários com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica.
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