O problema da demarcação em Popper, Kuhn e Laudan
Resumo
O objetivo geral desta dissertação é discutir o problema da demarcação, analisando as perspectivas de Karl Popper, Thomas Kuhn e Larry Laudan. A fim de alcançar esse objetivo, a presente dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro, fazemos uma reconstrução do problema da demarcação na epistemologia popperiana. Analisamos suas reflexões de juventude, explorando a ênfase dada nessa fase ao problema da demarcação como um problema essencialmente voltado para a separação entre ciência e pseudociência. Num segundo momento, examinamos o problema da demarcação, tal como aparece na polêmica entre Popper e os positivistas lógicos. O segundo capítulo analisa o que Kuhn tem a dizer sobre o problema da demarcação e comparar seu pensamento a esse respeito com o de Popper. O terceiro capítulo apresenta os principais argumentos de Laudan contra a legitimidade do problema da demarcação. Ao final desta dissertação, sustenta-se as seguintes conclusões: i) Popper foi capaz de apresentar um problema filosófico legítimo, embora sua solução não constitua uma resposta satisfatória para o mesmo e ii) Laudan foi competente ao tecer duras críticas ao problema da demarcação, mas foi precipitado em afirmar seu fim. A razão principal desses equívocos encontra-se nos pressupostos assumidos por ambos os autores, especialmente o de achar que uma resposta satisfatória ou legítima ao problema precisa ser monocriterial.
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