Metodologia de priorização de investimentos em modernização de equipamentos de proteção e manobra de subestações de distribuição
Resumo
O fornecimento contínuo e confiável de energia torna-se uma necessidade da sociedade moderna, e, portanto, espera-se que o seu restabelecimento seja o mais rápido possível, em eventuais interrupções, e que atinja o menor número possível de consumidores. Tais interrupções representam elevados custos para as concessionárias, pois além da perda de receita, há necessidade do deslocamento de equipes de manutenção, eventuais indenizações, possíveis compensações financeiras pelo serviço inadequado, entre outros. As subestações de energia, bem como seus equipamentos e subsistemas, são um importante elemento na cadeia de geração e consumo em qualquer sistema elétrico, sendo concebidas para operarem por diversos anos com baixas taxas de indisponibilidade ou falhas. Entretanto faz-se necessário o acompanhamento do ciclo de vida de cada componente integrante de uma subestação, bem como a sua performance, avaliando as taxas de falhas, custos de manutenções, impacto no sistema no qual está inserido, e até mesmo superação de sua tecnologia construtiva. Dentro deste contexto, o presente trabalho apresenta uma metodologia para priorização de investimentos de modernização em subestações de distribuição, adotando-se técnicas para determinar a confiabilidade dos alimentadores baseada na matriz lógico-estrutural, considerando as taxas de falha total em regime permanente e taxa de falha em regime permanente de causa transitória, além de metodologia de tomada de decisão multicriterial, conhecida como Analytic Hierarchy Process, para priorização das alternativas disponíveis. São adotados indicadores de confiabilidade e definidos critérios de criticidade, levando em consideração as análises de especialistas do setor elétrico. É apresentado um estudo de caso, onde propõem-se avaliar priorização da modernização de disjuntores de média tensão, instalados em uma subestação de distribuição de energia inserida na área de concessão da distribuidora RGE Sul, sendo selecionados quatro módulos de alimentadores, que apresentam ciclo de operação igual a 0,3s – CO – 3min – CO, ou seja, apenas um religamento rápido.
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