O espaço urbano como patrimônio cultural: reflexões sobre a paisagem da Praça da República de Ijuí/RS
Resumo
A praça é entendida como um espaço amplo e delimitado por ruas, composto pelo agrupamento de elementos arquitetônicos e vegetais, voltado excepcionalmente ao desfrute público. Essa também se integra no conceito de paisagem sintética, ou seja, uma construção anteriormente natural com interferência e agenciamento humano, que pode apresentar caráter de patrimônio arquitetônico paisagístico por estar vinculada a fatores históricos, sociais ou artísticos de um pequeno grupo ou, ainda, de uma nação. Por conseguinte, a paisagem da Praça da República é elemento de exploração desses conceitos nessa pesquisa.
Dessa forma, o estudo explana sobre a Praça da República de Ijuí enquanto patrimônio arquitetônico paisagístico, devido a sua relevância como local de manifestações históricas e culturais, pela formulação da paisagem central edificada, pela atribuição ambiental e recreativa, bem como por ser núcleo de expansão do traçado viário urbano. Ainda, objetiva primordialmente, analisar as alterações físicas do bem e do seu entorno ao longo do tempo, a fim de verificar se a paisagem central possui vestígios de sua origem, datada do início da colonização.
A abordagem metodológica define-se como qualitativa, de caráter exploratório, sendo que especificamente para realização do capítulo de resultados e discussão, os procedimentos para investigação são histórico e comparativo.
Por fim, por meio da história retratada e do produto atrelado a ela, pretende-se estimular a educação patrimonial e engrandecer o vínculo sentimental da comunidade sobre esse patrimônio, fazendo-a reconhecer que este é de sua propriedade e que faz parte da sua memória, dependendo a existência de um legado, das atitudes protetivas de cada um e todos juntos.
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