Análise situacional de uma região de saúde do sul do Brasil
Resumo
Análise situacional identifica, descreve, formula, prioriza problemas em uma determinada
comunidade para orientar a definição de medidas cabíveis. As regiões de saúde, entendidas
por agrupamentos de municípios limítrofes têm a finalidade de integrar a organização, o
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. O Rio Grande do Sul divide-se em
30 Regiões de Saúde, distribuídas em 19 Coordenadorias Regionais de Saúde. A 4ª
Coordenadoria Regional de Saúde, sediada em Santa Maria, inclui duas regiões: Região 1 -
Verdes Campos e Região 2 - Entre Rios. Este estudo objetivou realizar a análise situacional
de saúde na Região Entre Rios, descrevendo os resultados e avaliando o desempenho dos
indicadores do COAP em relação às metas pactuadas para cada município nesta região de
saúde no período 2010-2014. Delineou-se um estudo ecológico descritivo, por meio da
abordagem temporal e geográfica, utilizando dados secundários de 30 indicadores universais
do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP) que foram pactuados pelos 11 municípios
da Região Entre Rios. Estes indicadores estão disponíveis nos Sistemas de Informação do
Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram
compilados e analisados por meio do programa Microsoft Office Excel®, avaliando-se a
tendência e o alcance de metas para os indicadores que foram pactuados pelos municípios da
região. Observou-se que este processo ainda não está incorporado na gestão da saúde, e estes
instrumentos de gestão são vistos apenas como uma função burocrática. Há diversos sistemas
de informação em saúde, e estes não trabalham de forma articulada, tornando dificultoso para
o gestor agregar todas as informações necessárias para monitorar e planejar de acordo com as
metas a pactuar. O desconhecimento dos atores envolvidos no processo de análise situacional
de saúde torna de suma importância a realização de capacitações com os mesmos. Assim,
espera-se que os profissionais de saúde estejam/sejam capacitados e sensibilizados a
realizarem o registro de suas ações, de forma que os mesmos sintam-se parte do processo de
gestão, na construção de redes de atenção mais resolutivas que atendam as necessidades da
população e que possam se enxergar como protagonistas do planejamento em saúde.
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