Ladrões de gado: relações de trabalho e o direito de propriedade na fronteira oeste do Rio Grande do Sul (1888 - 1910)
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2019-03-29Metadatos
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O presente trabalho procura explicar os conflitos rurais, mais precisamente os furtos de animais, em dois municípios da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, Alegrete e Uruguaiana, entre 1888 e 1910: período de pós-abolição, concentração fundiária e transformação da economia pecuária e das relações de trabalho e propriedade. A leitura das fontes judiciais demonstrou que os processos eram abertos criminalizando em sua maior parte os trabalhadores rurais da Campanha. Porém, a partir da atenção dedicada às lógicas sociais e estratégias utilizadas pelos sujeitos envolvidos nos conflitos, foi possível perceber que somente a explicação da exclusão e concentração fundiária não dá conta de todos os conflitos existentes, apesar de parte dos crimes estarem envolvidos em situações de subsistência. Os conflitos foram vistos como disputas no campo do direito, negociado nas estratégias de reprodução da vida. Os indícios contribuem para afirmar que muitos crimes estavam relacionados com brechas nas relações de propriedade, que passavam por mudanças e ainda tinham costumes agrários envolvidos. Também foram encontrados ladrões de tempo integral, que tinham no furto do gado e na venda de seus subprodutos, um meio de vida.
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