Influência da luminosidade na morfometria foliar e estrutura arbórea de Pilocarpus pennatifolius Lem.
Resumo
As florestas tropicais com a sua diversidade vegetal apresentam uma estrutura vertical
estratificada pela demanda de luz das diferentes espécies. Nos níveis inferiores
ocorrem muitas espécies com potencial de fornecer produtos não madeireiros,
principalmente folhas. As utilizações sustentadas destes recursos florestais
pressupõem o conhecimento das exigências de determinada espécie por luz ou de
sua plasticidade morfológica e foliar moldada pela densidade de árvores e qualidade
do sítio. Visando o manejo para produção de folhas três amostras de 100 m² foram
avaliadas em pequenas populações puras de Pilocarpus pennatifolius Lem.
(Jaborandi) ocorrentes no sub-bosque de dossel dominado por folhosas em formação
florestal natural na Serra Geral no Rio Grande do Sul no município de Pinhal Grande.
As árvores foram observadas quanto a morfometria foliar e pesos em diferentes
condições de densidade, classe de altura das árvores, luminosidade e acúmulo de
serapilheira e matéria orgânica do solo. Nas amostras mais densas a luminosidade é
significativamente menor e o acúmulo de serapilheira e matéria orgânica no solo são
maiores. As variáveis morfométricas das folhas resultaram em correlações positivas e
significativas para área foliar, peso verde e peso seco, como também, diferença entre
médias da espessura foliar entre as amostras. A morfometria foliar diferiu
significativamente na comparação entre as amostras na classe das árvores mais altas.
O peso seco, variável de maior interesse, apresentou pequenas diferenças entre as
classes de altura das árvores como entre amostras, apresentando, significativamente,
menor peso somente na mais alta da amostra com maior luminosidade, indicando que
a produção pode ser obtida de populações de sub-bosque em densidades variadas.
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