Conhecer, aprender, transformar: projeto de desenvolvimento social como espaço de práticas coletivas
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2018-12-20Metadatos
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A presente dissertação teve como objetivo compreender como se configuram as práticas coletivas na Associação de Recicladores do Bairro Primavera do Projeto Profissão Catador. Para tanto, desenvolveu-se um estudo intersubjetivo e interpretativista, por meio de uma pesquisa qualitativa e descritiva, com base em um estudo de caso intrínseco único. O objeto de pesquisa tratou-se da AREPRICA, a qual pertence ao Projeto Profissão Catador. A coleta de dados ocorreu através de técnicas etnográficas, como entrevistas semiestruturadas, observações não participantes e dados secundários. Em relação a análise dos dados, utilizou-se a análise textual interpretativa em conjunto com a análise de templates. As principais evidências residem na relevância de um PDS, o qual, quando desenvolvido diretamente com base nas carências da comunidade, resulta em aspectos positivos à sociedade como um todo, assim como ocorreu na iniciativa criada pela UNICRUZ (desenvolvedora). Ainda neste meio, aponta-se a atuação dos agentes de desenvolvimento, que por meio de um trabalho a longo prazo, estão conseguindo reinserir os recicladores na comunidade, prestando-lhes o auxílio necessário, atuando enquanto mediadores entre desenvolvedores e desenvolvidos. E o que compete ao desenvolvidos, observou-se avanço social e econômico, em que se revelam enquanto agentes ambientais, e possuem uma perspectiva de vida diferenciada. Em relação ao pilar de condução da EBC, este se dá por meio do trabalho coletivo, que se dissolve em autogestão e ação coletiva. Sobre isso, percebeu-se que mesmo havendo dois tipos de recicladores na EBC, ambos agem com base no trabalho coletivo, principalmente sob o viés da ação coletiva, configurando um espaço que visa o bem comum. Assim, tal característica do grupo demonstrou facilitar o desenvolvimento de suas práticas coletivas no momento de trabalho. Sob um olhar mais apurado (zoom in), evidenciou-se que as práticas vão sendo modeladas no momento da sua realização por meio dos fazeres e dizeres, bem como da ordem interacional. Os artefatos se configuram enquanto meio de suporte, inovação, bem como condição para que algumas atividades possam ser realizadas. A preocupação prática se destaca no grupo, em que consideram o coletivo para agir, ao mesmo passo que podem ser criativos, desde que sua inovação não impacte negativamente. Assim, a prática em si da reciclagem é institucionalizada por seus praticantes, mas as atividades que a compõe, por vezes, não são reconhecidas devido serem realizadas de modos diferentes. Por outro lado, sob um olhar mais afastado (zoom out), verificou-se que a textura da EBC se compõe do individual ao institucional, isto é, se conecta ao aprendizado individual, as interações do grupo, do Projeto Profissão Catador, dos compradores, dos eventos e notícias, bem como das leis que integram tais espaços. Dessa forma, é criada uma rede de práticas que possui diversos praticantes que tanto afetam a EBC, quanto são afetados por ela. Portanto, o formato da EBC, configurado no trabalho coletivo, oportuniza crescimento a mesma, gerando maior oportunidade de trabalho e renda.
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