Efeito da N-acetilcisteína no sistema da glutationa em rim de camundongos sob administração crônica de aspartame
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2017-03-24Metadatos
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Atualmente, muitos indivíduos diabéticos, obesos e/ou aqueles que procuram um estilo de vida mais saudável buscam alimentos com o sabor doce, mas sem a adição de energia, preferindo utilizar adoçantes, como o aspartame (ASP). O ASP encontra-se amplamente distribuído em produtos disponíveis no mercado, especialmente naqueles que apresentam ausência de sacarose, e seu consumo está aprovado há mais de 20 anos pela FDA (Food and Drug Administration). No entanto, existem preocupações e evidências que sugerem possíveis efeitos adversos dos metabólitos do ASP, resultando inclusive em alterações no sistema de defesa antioxidante, especialmente, em decorrência da depleção dos níveis de glutationa (GSH) e da atividade das enzimas dependentes dela, podendo ocasionar danos oxidativos. Considerando que os indivíduos obesos e/ou diabéticos substituem o uso da sacarose por adoçantes artificiais, como o ASP, o qual produz metabólitos capazes de causar possíveis efeitos adversos, é de fundamental interesse a utilização de compostos antioxidantes que reduzam os efeitos lesivos causados por esse adoçante, os quais sejam capazes de proteger os constituintes celulares. Assim, destaca-se a N-acetilcisteína (NAC), um excelente antioxidante que demonstrou ser efetivo ao restabelecer os níveis de GSH e das enzimas relacionadas ao seu metabolismo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da N- acetilcisteína sobre os parâmetros bioquímicos e oxidativos em tecido renal de camundongos que receberam administração oral crônica de aspartame. Para isso, foram utilizados camundongos (n = 30), divididos em três grupos: Controle, tratado com ASP (80 mg.kg-1, v.o.) e tratado com ASP e NAC (163 mg.kg-1, intraperitoneal), durante 90 dias. A partir do 60º dia de tratamento, os animais do grupo ASP-NAC começaram a receber a dose de 163 mg.kg-1. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e seus rins removidos para as análises posteriores. O teste de Levene foi utilizado para verificar se os dados são paramétricos. Realizou-se a análise de variância de duas vias seguida pelo teste de Tukey para avaliar as diferenças entre os grupos. Os dados deste trabalho mostraram ausência de diferença significativa entre grupos estudados no conteúdo de substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico e proteínas carbonil, indicando que não houve danos nos lipídios e proteínas no tratamento com ASP em camundongos. A atividade da mieloperoxidase (MPO) foi semelhante no grupo ASP e nos animais tratados com ASP-NAC quando comparados ao grupo controle. O presente estudo mostrou que a administração oral de ASP (80 mg.kg-1) leva a uma significativa diminuição na atividade da CAT no tecido renal. Há também uma diminuição do conteúdo de tióis não proteicos nos animais tratados com ASP. A atividade de enzimas relacionadas à glutationa como a glutationa peroxidase (GPx), glutationa S- transferase (GST) e glutationa redutase (GR) mostrou uma diminuição no grupo ASP, assim como o que acontece com a enzima tiorredoxina redutase (TrxR). O tratamento com NAC reverteu a atividade das enzimas CAT, GPx, GST, GR e TrxR, mostrando que este fármaco é um potencial no tratamento de distúrbios causados pelo estresse oxidativo.
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