Resposta hemodinâmica fetal ao exercício isométrico materno
Resumo
Objetivo: Avaliar a resposta hemodinâmica materno-fetal, por meio de estudo
dopplervelocimétrico, em gestantes diabéticas submetidas ao exercício isométrico.
Metodologia: Estudo experimental transversal, com amostra de 25 gestantes diabéticas, com
idade gestacional entre 26 e 36 semanas, que foram submetidas a teste isométrico com
dinamômetro de preensão manual, para coleta de parâmetros hemodinâmicos maternos
(pressão arterial, frequência cardíaca e Doppler de artérias uterinas) e fetais (frequência
cardíaca, Doppler de artéria umbilical, artéria cerebral média e ducto venoso), antes, durante e
após a isometria.
Resultado: Houve redução significativa do índice de pulsatilidade (valores médios pré
0,77±0,30, trans 0,65±0,22, e pós 0,75±0,22, com p=0,001), índice de resistência (valores
médios pré 0,49±0,12, trans 0,44±0,10, e pós 0,48±0,90, com p=0,000), e relação
sístole/diástole (valores médios pré 2,09±0,59, trans 1,87±0,40, e pós 2,71±3,43, com
p<0,002) da artéria uterina direita. Estas variáveis se alteraram significativamente apenas
durante a isometria, e não quando comparados os valores pré e pós-isometria. Houve também
redução significativa do índice de pulsatilidade (valores médios pré 0,80±0,38, trans
0,69±0,17, e pós 0,75±0,25, com p=0,027), índice de resistência (valores médios pré
0,50±0,12, trans 0,46±0,07, e pós 0,50±0,10, com p=0,039), e relação sístole/diástole (valores
médios pré 2,23±1,12, trans 1,93±0,30, e pós 2,07±0,49, com p<0,023) da artéria uterina
esquerda. Estas variáveis não se alteraram quando comparados os valores pré e pós-isometria,
assim como não alteraram durante e pós-isometria. Não houve diferença significativa nos
parâmetros fetais quando comparados antes, durante ou após o teste isométrico.
Conclusão: Concluímos que houve redução significativa do índice de pulsatilidade, índice de
resistência e relação sístole/diástole da artéria uterina direita apenas durante a isometria, e não
quando comparados os valores pré e pós-isometria. Houve também redução significativa do
índice de pulsatilidade, índice de resistência e relação sístole/diástole da artéria uterina
esquerda. Estas variáveis não se alteraram quando comparados os valores pré e pós-isometria,
assim como não alteraram durante e pós-isometria. O mecanismo de vasodilatação das artérias
uterinas demonstra a compensação e homeostase hemodinâmica do período gestacional,
confirmado pelos parâmetros fetais que não apresentaram alteração quando comparados antes,
durante ou após o teste isométrico.
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