Fatores associados ao desenvolvimento de agravos gastrointestinais em prematuros limítrofes no primeiro ano de vida
Resumo
A prematuridade, especialmente prematuros limítrofes, vem crescendo ao longo dos anos, o que
pode contribuir para a elevação da taxa de mortalidade infantil e o desenvolvimento de
danos/sequelas de difícil mensuração, que podem se desenvolver tanto no período neonatal
imediato quanto ao longo dos primeiros anos de vida. Diante dessa população de lactentes
prematuro, vulneráveis pela prematuridade, agravos gastrointestinais são comuns e mais
frequentes, quando comparados a recém-nascidos a termo. Para tanto, esse estudo tem por
objetivo: Analisar os fatores associados ao desenvolvimento de agravos gastrointestinais no
primeiro ano de vida de prematuros limítrofes. Método: Trata-se de um estudo quantitativo,
analítico e longitudinal, realizado a partir do banco de dados, do projeto matricial: “Condições
de saúde de prematuro moderados e tardios no primeiro ano de vida”, desenvolvido no
município de Santa Maria-RS. Participaram do estudo, lactentes nascidos de 32 semanas de
idade gestacional a 37 semanas incompletas, nascidos no período de maio/2017 a maio/2018
em um hospital referência para região central do estado do Rio Grande do Sul. Após seleção
dos participantes no hospital de nascimento, os lactentes foram avaliados ao final do 3º mês
(119 lactentes), 6º mês (108 lactentes) e 12º mês de vida (105 lactentes) via contato telefônico.
Os agravos foram descritos conforme sua intensidade, pela percepção materna, utilizando
instrumento próprio de coleta de dados. Para análise, foi utilizado comparação de frequência e
teste estatísticos apropriados. Utilizou-se significância, valor de p< 0,05. O projeto teve
aprovação do comitê de ética da UFSM sob número de aprovação 1.511.201. Resultados: Os
agravos gastrointestinais mais frequentes na avaliação dos primeiros meses de vida foram a
cólica e o vômito, que reduziram a intensidade quanto mais perto do primeiro ano de vida do
lactente. O Agravo diarreia manteve intensidade constante ao longo do primeiro ano de vida.
Para as afecções diarreia e cólica, é possível destacar que, Prematuros limítrofes que não estão
em aleitamento materno exclusivo (AME), apresentam maior intensidade de cólica e diarreia,
quando comparados àqueles que estiveram em AME, na avaliação do terceiro mês de vida.
Conclusão: O estudo traz implicação para a identificação dos fatores de risco, visto
vulnerabilidade dessa população de prematuros, que ainda é pouco descrita na literatura.
Equipes de atenção em puericultura devem estar atentos para essa população de risco, com o
intuito de identificação precoce dos agravos, visto que esses agravos gastrointestinais se
apresentam frequentes, em uma grande parcela dessa população.
Coleções
- TCC Enfermagem - PM [67]
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