O brincar de bebês-mães e sua relação com o desenvolvimento psíquico, linguístico e motor
Resumo
Esta dissertação teve como objetivo analisar a evolução do brincar relacionado ao desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor em bebês entre nove e 24 meses, com e sem risco psíquico. O roteiro do brincar norteou a análise das filmagens possibilitando a avaliação dos comportamentos do bebê e da mãe, durante o brincar, pela verificação dos aspectos cognitivos e intersubjetivos do brincar do bebê; e sobre sustentação e investimento no brincar por parte da mãe. O roteiro foi elaborado pelas pesquisadoras deste estudo, na perspectiva de contemplar os aspectos cognitivos e intersubjetivos no brincar. A amostra foi de 32 crianças nascidas a termo, sendo 56,2% do sexo masculino e 43,8% do feminino. Destas crianças, 13 apresentam risco psíquico a partir da análise do roteiro IRDI e sete crianças pela avaliação dos Sinais PREAUT. A média da idade gestacional foi de 39 semanas. Houve diferença significativa em relação ao prazer da criança na experiência com o objeto (p=0,002), bem como o prazer materno na atividade do brincar com o filho (p=0,010), com menor número de comportamentos no grupo em sofrimento psíquico quando comparado ao grupo sem sofrimento psíquico. Com relação ao uso criativo do objeto ficou evidente, neste grupo, que essa categoria aparece, posteriormente ao grupo sem sofrimento, por volta dos 18 meses (p=0,004), demonstrando efeitos do risco psíquico na cognição e linguagem. Pode-se concluir que houve associação significativa entre características do brincar e sofrimento psíquico. Houve diferenças descritivas quanto à linguagem, motricidade e cognição entre o grupo com e sem sofrimento psíquico.
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