Sintomas comuns de depressão e estresse percebido em estudantes universitários da área da saúde
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Data
2018-08-21Primeiro coorientador
Vasconcellos, Silvio José Lemos
Primeiro membro da banca
Barlem, Edison Luiz Devos
Segundo membro da banca
Andolhe, Rafaela
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As características psicológicas do estudante devem ser consideradas desde o ingresso no
ambiente acadêmico, pois muitas mudanças, desafios e responsabilidades estão presentes
nesse período. Em decorrência, o estresse e a depressão podem se manifestar como uma
adversidade no contexto universitário. O objetivo geral do estudo foi avaliar a associação
entre sintomas comuns de depressão e estresse percebido em estudantes universitários da área
da saúde. Trata-se de um estudo transversal realizado com estudantes dos cursos de graduação
da área da saúde de uma instituição de ensino superior pública no estado do Rio Grande do
Sul. Utilizou-se amostragem probabilística por conglomerado. O instrumento de pesquisa
consistiu em um questionário de identificação de variáveis sociodemográficas, hábitos de
saúde e acadêmicas. Para a mensuração dos sintomas comuns de depressão foi utilizado o
inventário de depressão de Beck, versão II e para avaliar o nível de estresse nos estudantes,
foi utilizada a versão brasileira da Escala de Estresse Percebido. Utilizou-se para análise
estatística descritiva, com distribuição de frequência e medidas de posição e dispersão; analise
bivariada com teste do quiquadrado e testes de comparação de médias; análise multivariada
por meio de regressão de Poisson; e, correlação de Pearson. A amostra final do estudo
consistiu-se em 792 estudantes. A depressão mostrou-se entre moderada e grave em 23,6%
dos estudantes universitários da área da saúde. O curso com a maior prevalência de depressão
foi fonoaudiologia seguido da enfermagem. As prevalências mais elevadas de sintomas
comuns de depressão de nível moderado a grave foram em estudantes do sexo feminino, que
utilizam ônibus como meio de transporte, que não realizam atividade física, não tem tempo
para lazer e que são obesos. A média de estresse percebido foi de 30,22 (±8,47). O alto nível
de estresse apresentou-se em 9,5% dos estudantes e as maiores prevalências de estresse foram
nos cursos de fonoaudiologia e medicina. Evidenciou-se que conforme maior o nível de
depressão, maior a média de estresse percebido. Observou-se diferença estatística
significativa entre estresse percebido e depressão entre os estudantes de fonoaudiologia,
enfermagem, farmácia, medicina, terapia ocupacional e fisioterapia. A análise dos dados
demonstrou que há alta prevalência de depressão e estresse nos estudantes universitários e que
há associação entre os fenômenos investigados. Sugere-se que os gestores e professores da
universidade e o centro de ciências da saúde desenvolvam estratégias para prevenir que os
estudantes tenham algum tipo de adoecimento psicológico.
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