Análise eletromiográfica da musculatura supra- hióidea pré e pós uso de bandagem elástica em mulheres jovens
Resumo
Esta dissertação teve como objetivo comparar os efeitos de um programa exclusivo de acoplamento de
língua, e a associação deste com a bandagem elástica do MTT® na musculatura supra-hióidea de
mulheres jovens. Trata-se de uma pesquisa prospectiva, quantitativa e experimental, com uma amostra
de 14 mulheres, entre os 19 e 25 anos (média de 24,1 anos). Foi realizada a avaliação clínica
fonoaudiológica a partir do uso do protocolo AMIOFE-E, complementado com o Protocolo MGBR,
para a análise estrutural do tônus e postura de língua em repouso. O aspecto funcional foi avaliado por
meio da prova da deglutição. Realizou-se também a captação da atividade elétrica dos músculos supra-
hióideos, durante as situações de repouso, contração voluntária máxima e deglutição de líquido, pré e
pós-intervenção. Finalmente, foi registrada a atividade elétrica da musculatura supra-hióidea durante o
acoplamento de língua por 15 segundos, para se obter um parâmetro de registro da condição pré-
terapêutica das participantes. Para o exame eletromiográfico foi utilizado equipamento Miotool de oito
canais. A intervenção foi distribuída por randomização nas participantes alocando-as em duas propostas.
O Grupo Experimental realizou treinamento muscular de três series, três vezes ao dia, por uma semana
do acoplamento de língua por 15 segundos, associado ao uso da bandagem do Método Therapy Taping®,
sem tensão, na musculatura supra-hióidea, enquanto o Grupo Controle realizou apenas o treinamento
muscular de acoplamento de língua. Para a análise aplicou-se o Teste Shapiro-Wilks para investigação
da normalidade dos achados. Na sequência foram aplicados os testes Qui-Quadrado, T de Student, Teste
de Wilcoxon e Teste U-Mann-Whitney e Testes ANOVA de Friedman, todos considerando nível de
significância de 5%. Como resultados, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas
da atividade mioelétrica dos músculos supra-hióideos ao comparar os valores pré e pós-intervenção nas
situações de repouso, deglutição e contração voluntária máxima, em ambos os grupos e entre eles. Além
disso, a aplicação da bandagem elástica sem tensão não gerou variabilidade nos resultados, visto que as
respostas em ambos os grupos foram semelhantes. Em relação aos valores da atividade elétrica durante
o treino, realizado antes e após uma semana, também não se observou significância estatística. Quanto
à avaliação da percepção da bandagem, através do questionário de apreciação do método, evidenciou-
se que as participantes perceberam modificações e impressões positivas em relação ao uso da bandagem.
Ao final do tratamento, as integrantes do grupo experimental indicaram melhora na percepção na região
alvo do estudo. Os resultados desta pesquisa permitiram concluir que esta proposta de treinamento, para
esta população alvo, não gerou efeito na atividade elétrica muscular, embora tenham se evidenciado
resultados qualitativos positivos em relação à percepção da área estimulada.
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