Avaliação do estresse oxidativo em gestantes com diabetes mellitus pré-existente e gestacional

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Data
2019-01-11Primeiro membro da banca
Tatsch, Etiane
Segundo membro da banca
Brandão, Ricardo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Durante o período gestacional normal, há uma elevação do metabolismo oxidativo devido à
grande demanda de oxigênio requisitada pela mãe, pelo feto e pela placenta. Em gestantes com
patologias adicionais, como é o caso do Diabetes Mellitus (DM), essas circunstâncias podem
estar ainda mais aumentadas. O DM trata-se de um distúrbio metabólico de origem diversa,
caracterizado por hiperglicemia e alterações no metabolismo de carboidratos, proteínas e
gorduras, que são geradas pelo defeito na ação e/ou secreção da insulina. Na gestação essa
patologia pode estar presente de duas formas: prévia a gravidez e desenvolvida no período
gestacional, geradas dessa forma em momentos distintos no organismo. O estresse oxidativo é
dito como o estado onde ocorre a perda do equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes no
organismo, resultado principalmente da produção aumentada de espécies reativas de oxigênio
(EROs), tendo um importante papel na patogênese de muitas doenças, incluindo o diabetes e
suas complicações. Nesse contexto, também está inserida a enzima delta-aminolevulinato-
desidratase (δ-ALA-D), pois esta pode estar inibida em situações pró-oxidativas, gerando
diminuição da biossíntese de compostos, como é o caso do grupamento heme, e acúmulo de
seu substrato ácido 5-aminolevulínico (ALA), que contribui diretamente para a elevação desse
estado oxidativo pelo acúmulo de EROs. Considerando a influência do estresse oxidativo sobre
a gestação e sobre o DM, este trabalho teve como objetivo, avaliar de forma comparativa, o
perfil oxidativo e antioxidativo, bem como a atividade da enzima δ-ALA-D, em gestantes com
diabetes tipo 2 prévia a gestação (DM2), Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e grupo controle
(gestantes hígidas). Foram analisados parâmetros de estresse oxidativo através da quantificação
das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), dos grupos tióis proteicos (P-SH) e não
proteicos (NP-SH), os níveis de vitamina C, além da determinação da atividade das enzimas
catalase e δ-ALA-D, nos diferentes grupos de gestantes. Os níveis de TBARS foram maiores,
enquanto que os NP-SH e vitamina C, diminuídos, nas gestantes com DM, sem diferença
significativa entre os dois grupos. Já os P-SH mostraram-se significativamente diminuídos nas
gestantes com DMG, e a atividade da enzima catalase no grupo com DM2 prévia. A atividade
da enzima δ-ALA-D mostrou-se significativamente diminuída em amostras de gestantes com
DMG, enquanto no grupo com DM2 prévio a gestação, apresentou-se de modo semelhante ao
controle. Dessa forma, confirma-se que o estresse oxidativo está mais elevado nas gestantes
com DM, assim como as defesas antioxidantes diminuídas, e embora ambos tipos de diabetes
possam estar presentes na gestação, e sejam gerados pela intolerância a carboidratos, eles são
eventos diferenciados e, portanto, produzem efeitos distintos no organismo materno.
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