Eficiência nas emissões de gás carbônico nos países desenvolvidos e em desenvolvimento
Fecha
2019-02-25Primeiro coorientador
Freitas, Clailton Ataídes de
Primeiro membro da banca
Denardin, Anderson Antonio
Segundo membro da banca
Soares, Thiago Costa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
No contexto atual, em que diversos fenômenos catastróficos derivados das mudanças climáticas impõem cada vez mais preocupações e desafios para a humanidade, é natural que os formuladores de políticas climáticas devam estar atentos à forma com que os países estão, não apenas utilizando os recursos naturais em seus processos produtivos, mas também, de que forma cada nação contribui para o acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Portanto, a necessidade de elaboração de estratégias para mitigação dos efeitos nocivos do aquecimento global tem levado a articulações de ações conjunta entre os países de todo o mundo. Contudo, para que essas estratégias levem à solução dos problemas, é necessário um profundo conhecimento das características de cada país quanto às suas performances ambientais atuais e históricas. Considerando, ainda, que mudanças climáticas podem colocar em risco o contínuo crescimento econômico, é necessário entender como as variáveis ambientais se relacionam com as econômicas. Nesse sentido o presente estudo se propõe a averiguar a relação existente entre as emissões de CO2, um dos principais GEE originado da ação humana, e crescimento econômico, bem como verificar as performances ambientais dessas emissões em uma amostra de 161 países integrantes do Acordo de Paris. Através da estimação da Fronteira Estocástica de Produção, foram calculados os escores de eficiência técnica e ambiental utilizando um painel de dados compreendendo 161 grupos e 28 anos, resultando em 4508 observações. Aos insumos tradicionais da função de produção neoclássica (capital e trabalho), foram incorporadas as variáveis “emissões de CO2”, visando analisar a importância que esta possui para o aumento no PIB dos países, e uma variável de tempo, com o intuito de auferir os efeitos do progresso técnico. Foram realizadas comparações entre os países da amostra dando ênfase às diferenças de performances entre os países desenvolvidos em os em desenvolvimento. Os principais resultados sugerem que as emissões de CO2 são, de fato, imprescindíveis ao crescimento econômico, sobretudo nos países industrializados. O progresso técnico, por sua vez, provocou uma melhora no desempenho de todos os insumos (inclusive das emissões) nos países desenvolvidos. Contudo, nos países em desenvolvimento, parece ter ocasionado uma redução na utilização do fator “mão-de-obra”, além de não auxiliar em uma melhor utilização das emissões enquanto insumo produtivo. A análise das eficiências sugere que a performance técnica dos países foi muito maior do que a ambiental, apresentando escore médio de eficiência técnica relativamente alto, enquanto que os escores médios ambientais foram muito baixos. Os países industrializados foram os que apresentaram maior eficiência técnica, porém, se mostraram ineficientes quanto às emissões de CO2.
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