Avaliação do nível de estresse e atividade física de professores de uma escola estadual
Fecha
2021-04-06Primeiro membro da banca
Cóser, Virgínia Maria
Segundo membro da banca
Santos, Aline Joana Rolina Wohlmuth Alves dos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A profissão docente é considerada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) uma das mais estressantes. Os professores enfrentam sobrecarga no trabalho, que geram doenças em decorrência do estresse ocupacional, altos níveis de ansiedade e baixa qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi avaliar o nível de estresse ocupacional e atividade física dos professores de uma escola estadual ensino fundamental e médio, no interior do Rio Grande do Sul. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo-descritivo, entre junho a julho de 2019. Os critérios de inclusão foram todos os 78 professores que exerciam atividade docente na referida escola, nos três turnos de funcionamento. Os de exclusão foram os professores afastados do trabalho, em período de férias e que não preencherem adequadamente os questionários ou se recusaram a preenche-los. Foram utilizados três instrumentos de coleta de dados, autopreenchidos pelos professores: um questionário biossocial (gênero, situação conjugal, filhos, disposição para o trabalho, intenção de deixar a profissão, idade, carga horária, tempo de experiência de ensino, número de alunos que contata diariamente), elaborado especificamente para este estudo. Para a avaliação do nível de estresse de cada professor foi utilizada a escala de estresse no trabalho (EET), validada por PASCHOAL e TAMAYO, 2004 e para os níveis de atividade física dos professores foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ versão curta, inicialmente proposto pela OMS no ano de 1998, e traduzido e validado no Brasil por MATSUDO et al..2001 Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com parecer número 3.326.165/CAAE 08034819.8.0000.5346. Os dados foram analisados empregando estatística descritiva. Dos 53 professores que pudemos incluir os dados, 72% foram do gênero feminino, média de idade de 45,44 anos, 50,94 % eram casados e 39,62 % lecionavam dois turnos na escola. Em relação a escolaridade, 66,04% desses professores possuiam um curso de pós-graduação e 33,96 % só graduação. A maioria (75,47 %) ganhou peso cuja média foi de + 6,80 Kg, porém 54,72 % relatou não ter sido o estresse o fator responsável, nos últimos cinco anos. Sessenta por cento (60,38 %) afirmou trabalhar na sua melhor disposição, 100% gosta de trabalhar na escola, mas 13,21% tinham intenção de deixar a escola e 15,09 % de deixar a profissão de professor. Cinquenta e quatro por cento (54,72 %) dos professores já tiraram licença saúde desde que começaram a trabalhar nessa escola. No presente estudo todos os professores apresentaram algum nível de estresse, sendo a maioria 90,47 % (48 de 53) médio nível de estresse e 9,43% (5 de 53) baixo nível. Com referência a atividade física, 86,79 % (46 de 53) dos professores são ativos e 13,21% (7 de 53) sedentários. Concluímos neste estudo, que apesar da totalidade dos professores ter dito gostar de trabalhar nesta ecola estadual, todos possuem estresse ocupacional. Como a maioria pertence ao gênero feminino sugerimos, nesse grupo, associação ao estresse fatores da dupla jornada da mulher, representada pela educação dos filhos e o trabalho do colégio, além da baixa remuneração e desvalorização crescente da carreira de professor. Pelo fato de ter sido encontrado pequeno índice de sedentarismo, não deve existir relação com o estresse. O número de professores da nossa pesquisa constituiu uma limitação desse estudo. Existem poucos estudos na literatura nacional e internacional sobre o tema abordado nesse estudo, o que consideramos também outra limitação.
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