Calendário agrícola da fumicultura na bacia hidrográfica do Rio Jacuizinho, RS
Visualizar/ Abrir
Data
2020-08-11Primeiro membro da banca
Collischonn, Erika
Segundo membro da banca
Gobo, João Paulo Assis
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo dessa pesquisa foi elaborar um calendário agrícola do cultivo do tabaco para a bacia hidrográfica do Rio Jacuizinho, pois na literatura existente, há apenas o calendário elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, o qual não é representativo para a realidade climática deste recorte espacial. Para atingir o objetivo proposto, foram realizadas duas atividades de campo com o intuito de observar a estrutura das pequenas propriedades fumicultoras, além de identificar possíveis diferenças no estágio de desenvolvimento do cultivo de um local para outro. Os dados de produtividade média do tabaco por ano-safra foram solicitados e cedidos pela Associação Brasileira dos Fumicultores do Brasil (AFUBRA), para o período de 2008 a 2018. Os dados referentes à precipitação pluviométrica foram adquiridos do banco de dados da Cooperativa Tritícola de Espumoso Ltda (COTRIEL), para o período de 2008 a 2018. A temperatura média do ar foi estabelecida através de cálculos de estimativa e, por fim, foi aplicado um questionário para os produtores de diferentes municípios, solicitando informações em relação aos ciclos fenológicos principais (início de semeadura, plantio, colheita e término de colheita). Os resultados mostraram que a altimetria, atribuindo a variabilidade da precipitação pluviométrica e a temperatura do ar, interferem na produtividade média do tabaco, sendo que o município de Lagoão, localizado na cota mais elevada da bacia hidrográfica do Rio Jacuizinho possui a maior produtividade para o período de 2008-2018. A precipitação pluviométrica mensal possui influência significativa na produtividade do tabaco, além disso, as precipitações que ocorrem no decorrer de um ano, refletem também na produtividade média do ano-safra seguinte. A temperatura média do ar (estimativa), promove a heterogeneidade no ciclo fenológico do tabaco, principalmente em relação as temperaturas amenas na fase do plantio. Associando-se as informações sobre a distribuição pluviométrica, a temperatura média do ar e a entrevista com os produtores locais, constata-se que o calendário agrícola é diferente entre os municípios, em função da variabilidade das temperaturas provocadas pela diferença altitudinal entre pontos opostos da área de estudo. Em locais com temperaturas médias mais elevadas durante os meses de cultivo, o desenvolvimento da planta tende a ser mais rápido podendo conter diferença de dias, semanas e até meses em relação à municípios localizados em áreas de maior altitude.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: