Produção forrageira e viabilidade financeira do componente florestal em sistema silvipastoril em pecuária de corte familiar
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Data
2020-03-06Autor
Jesus, Luana de Campos de 
Primeiro orientador
Farias, Jorge Antonio de
Metadata
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A implantação de sistemas silvipastoris na agricultura familiar é uma opção para diversificar o uso da terra para obtenção de mais um bem de produção e diversifica a fonte de renda. Nesse modelo de uso do solo é necessário conhecer a dinâmica da relação entre os componentes que compõem o sistema. O objetivo desse estudo foi avaliar a produção forrageira nativa e a viabilidade financeira do componente florestal em sistema silvipastoril no espaçamento de 3x20 m para uso múltiplo e em rotação de 16 anos na produção pecuária familiar. Para isso avaliou-se a produção forrageira, taxa de acúmulo e massa de forragem, carga animal, taxa de lotação e viabilidade financeira do componente florestal. Para avaliação do componente forrageiro, pastagem natural, mediu-se massa de forragem pelo método de dupla amostragem e taxa de acúmulo por meio de gaiolas de exclusão. De posse dos dados de produção da pastagem foi possível estimar carga animal e a taxa de lotação animal que o sistema pode manter, bem como comparar a produtividade forrageira no sol e na sombra. Para análise de viabilidade financeira utilizou-se os critérios de análise de projetos: valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e relação benefício custo (B/C) para um horizonte de 16 anos e a taxa de juro de 3 4,5 e 10%. O verão e a primavera foram as estações com as maiores taxas de acúmulo (10,67 Kg ha -1dia -1 em janeiro e 3,95 Kg ha -1dia -1 em novembro). Verão e outono foram as estações com as maiores produções de massa de forragem (2607,41 Kg ha-1 em fevereiro e 1624,79 Kg ha-1 em abril). As estações em que é possível manter a maior carga e taxa de lotação são nas estações de verão e outono, taxa de lotação de 1,46 UA/ha em fevereiro e 1,06 UA/ha em junho e uma carga, média anual, de 329,77 Kg PV ha-1 dia-1. O componente florestal no arranjo de 3 x 20 m em linhas simples e aos 4 anos de idade não interferiu na produção forrageira, pois quando comparou-se taxa de acúmulo no sol e sombra não ocorreu diferença. Pelos critérios de análise financeira o componente arbóreo do sistema é viável financeiramente, exceto B/C na taxa de 10%. O VPL maior que zero, TIR superando a taxa mínima de atratividade e B/C maior que 1 nas taxas de 3% e 4,5%. O componente florestal não influenciou na produção pecuária no arranjo de 3 x 20 m e aos 4 anos de idade e, ainda, proporciona retorno financeiro.
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