Estágio curricular supervisionado: percepções do enfermeiro supervisor, do docente orientador e do gestor
Fecha
2019-01-28Primeiro membro da banca
Backes, Vânia Marli Schubert
Segundo membro da banca
Souza, Neila Santini de
Terceiro membro da banca
Cogo, Silvana Bastos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Considerando a complexidade que engloba a formação generalista do enfermeiro, pautada na qualidade do ensino, evidencia-se esse processo como uma responsabilidade das instituições de ensino com a sociedade. Visto isso, ao longo da formação, além de conteúdos teórico-práticos, as Diretrizes Curriculares Nacionais apontam a obrigatoriedade da realização do Estágio Curricular Supervisionado. Seu desenvolvimento é reflexo de ações resultantes das parcerias realizadas entre a instituição de ensino e os serviços de saúde, da organização gerencial do serviço, da disposição dos profissionais de saúde para o acolhimento do discente e do comprometimento do mesmo com a formação. Considerando a relevância dessa etapa na formação do profissional enfermeiro, bem como a necessidade e importância de sua avaliação contínua, objetivou-se analisar o processo de realização do Estágio Curricular Supervisionado na perspectiva dos supervisores de estágio, docentes orientadores e gestores na formação do enfermeiro. Os objetivos específicos compreenderam: conhecer o perfil dos participantes do estudo; analisar as influências do Estágio Curricular Supervisionado nos serviços de saúde; analisar as fragilidades e potencialidades do Estágio Curricular Supervisionado na perspectiva dos supervisores de estágio, docentes orientadores e gestores. O presente estudo trata de uma pesquisa de campo qualitativa, exploratória-descritiva. O estudo foi desenvolvido em um curso de graduação em enfermagem de uma Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participaram da pesquisa nove docentes orientadores de estágio, sete enfermeiros supervisores da atenção hospitalar, seis enfermeiros supervisores da atenção básica e quatro gestores, totalizando 26 participantes. A coleta dos dados ocorreu no período entre fevereiro e julho de 2018, por meio de uma entrevista semi-estruturada. Foram respeitados os preceitos éticos descritos na resolução nº 466/ 2012 do Conselho Nacional de Saúde. A análise dos dados ocorreu por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. Emergiram como resultados da perspectiva dos envolvidos no Estágio Curricular Supervisionado, a definição dessa etapa e as singularidades que permeiam o seu desenvolvimento. Também foram descritas as potencialidades do estágio e suas influências para a formação do enfermeiro, incluindo a possibilidade de autoconhecimento e autorreflexão ao discente, o aprofundamento de conhecimentos e o desenvolvimento da autonomia. Entre as limitações, destacou-se a insuficiência de estrutura física e recursos humanos. O estudo possibilitou identificar e correlacionar as atribuições e limitações do discente, do docente orientador, do enfermeiro supervisor e do gestor no desenvolvimento do estágio. Ainda, foi possível analisar as possibilidades, limitações e influências do estágio diante da interação entre o ensino e o serviço, identificando a necessidade de avanços para sua efetivação, bem como a gama de benefícios que essa relação pode resultar tanto para a instituição de ensino, como para os serviços de saúde. Com relação à avaliação, foi possível compreender o panorama atual, bem como as limitações e sugestões de aprimoramento na perspectiva dos envolvidos, incluindo o instrumento de avaliação utilizado. Diante da diversidade de limitações gerais a respeito do estágio, foi possível levantar sugestões para (re)pensar e (re)estruturar pontos de melhorias, possibilitando o avanço diante da formação do enfermeiro.
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