Padrões globais e preditores da diversidade beta taxonômica e funcional em assembleias de peixes recifais
Resumo
Um dos principais focos dos estudos macroecológicos é entender a variação espacial da
diversidade de espécies e, além disso, avaliar quais são os preditores que a moldam ao longo
dos ecossistemas terrestres, dulcícolas e marinhos. A diversidade pode ser mensurada tanto
pelo seu valor taxonômico, quanto pelo seu valor funcional. Essa diversidade pode ser
particionada em diversidades alfa, beta e gama. A diversidade beta corresponde a diferença na
composição de espécies ou atributos funcionais entre pares de comunidades e pode ser
dividida em turnover ou nestedness (aninhamento). O turnover corresponde à substituição de
espécies/atributos funcionais entre áreas, sendo este padrão relacionado a dispersão de
espécies. A biodiversidade marinha também pode ser mensurada através das variações nas
espécies e funções que desempenham. Um dos principais centros de diversidade marinha são
os ambientes recifais, onde encontram-se os peixes recifais. Os peixes recifais correspondem
a mais de 6.000 espécies com ampla distribuição ao longo dos oceanos onde desempenham
inúmeras funções essenciais para a manutenção do ecossistema recifal. Os valores de
dissimilaridade entre comunidades de peixes recifais tropicais vem sendo utilizados para
delimitar regiões biogeográficas e, também, avaliar diferenças (i.e., diversidade beta) nas
composições taxonômica, funcional e filogenética. Todavia, ainda não foram conduzidos
estudos que avaliam as diferenças na composição de espécies e funções em ampla escala.
Dessa forma, os objetivos principais desta dissertação são: (i) avaliar os padrões de
diversidade beta taxonômica e funcional de assembleias de peixes recifais em escala global;
(ii) investigar a congruência entre diversidade beta taxonômica e funcional entre pares de
assembleias de peixes recifais; e (iii) determinar a importância relativa dos preditores
ambientais nos padrões de diversidade beta taxonômica e funcional. Além disso, é essencial
saber se as mesmas variáveis preditoras influenciam os padrões de diversidade beta
taxonômica e funcional em diferentes realms marinhos e regiões biogeográficas.
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