Como a formação em esquizoanálise e a reduçao de danos transmutam a vida e a prática clínica
Fecha
2019-08-29Primeiro coorientador
Corrêa, Guilherme Carlos
Primeiro membro da banca
Zucolotto , Marcele Pereira da Rosa
Segundo membro da banca
Righi, Liane Beatriz
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta abordagem compõe meu trabalho de pesquisa para a dissertação de Mestrado Acadêmico em Psicologia/UFSM, tendo como referência metodológica, a cartografia e, teórica, os campos da Esquizoanálise, da filosofia da diferença e do pensamento foucaultiano. Advém d‟algumas problematizações: o que estamos fazendo neste planeta? Qual é o sentido de estarmos aqui, para mim, o outro, a coletividade e o planeta? Pra que nos serve o que estamos vivendo? Quem são os viventes em cujas vidas vivo e que vivem dentro da minha vida? Quais são os agenciamentos que se operam de forma danosa, em nossas vidas? Assim, entendo que é preciso fazer a vida funcionar em novos registros, noutras direções. Trabalho -nos campos clínico, institucional e social- com a vida agenciada nas demais e diferentes vidas, não com os percursos que são meus, mas com os percursos de cada um, com a composição singular da sua vida; olho como se constitui cartograficamente aquilo que é individual, ou seja, como se produz uma história de si, a escrita de si e como se dá a composição das multiplicidades. Tomo o agenciamento de enunciação da Redução de Danos (RD) como intercessor na produção de processos de subjetivação no contemporâneo, ultrapassando a perspectiva territorial proposta pelo pensamento dominante de traçado proibicionista e provocando à produção estética de territórios existenciais marcados por outras formas de ser e de fazer a vida acontecer, passando pelo campo clínico e pelos mais diversos agenciamentos em saúde. Olhando para as cartografias das vidas cujos territórios existenciais foram afetados e contagiados pela RD e pela Esquizoanálise como agenciamentos de subjetividades territorializadas, se problematizarmos os modos de subjetivação dominantes -que sequestram/capturam o desejo, as vontades e as subjetividades; tomando por referência os desdobramentos na vida das pessoas, no meu trabalho clínico, institucional e social, como psicóloga, vemos os processos disparados por esses intercessores que operam no contemporâneo. Tomo a RD como possibilidade de produção de afetos e contágios, reverberação/ritornelo na vida das pessoas, produção de redes, de intensidades, de inventividade, produção rizomática e, por sua vez, de movimentos, de deslocamentos; e em três dimensões, sejam elas: método clínico-político, paradigma da Política Nacional de Atenção Integral para Usuários de Álcool e Outras Drogas e, como Modo de Vida e produção de cuidado. Isto posto, pensar a Esquizoanálise e a RD, enquanto agenciamento territorial na produção de processos de subjetivação e na prática clínica, nos convoca à disposição a pensar e viver experimentações, tomando a primeira como uma leitura de praticamente tudo o que acontece no mundo e, a segunda, como uma zona de ruptura no campo do cuidado, que produz agenciamentos de territorialização, modificando práticas e formas de pensar as relações com a vida, assim como, a prática clínica.
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