Extratos de Hesperozygis ringens (Benth.) Epling como antibacterianos em piscicultura
Fecha
2019-08-02Primeiro coorientador
Baldisserotto, Bernardo
Primeiro membro da banca
Sutili, Fernando Jonas
Segundo membro da banca
Santos, Roberto Christ Vianna
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A aquicultura encontra-se em constante expansão em nosso país e em nível mundial. Concomitante a esse crescimento, aumentou-se a ocorrência de bacterioses relacionadas a situações estressantes às quais os peixes são constantemente submetidos, tais como a alta densidade populacional nos viveiros, má qualidade de água e condições inadequadas de manejo, resultando em altas taxas de mortalidade e prejuízos aos piscicultores. A bactéria Aeromonas hydrophila é um dos principais agentes patogênicos na aquicultura, acometendo especialmente o jundiá (Rhamdia quelen). Os produtos naturais caracterizam uma fonte alternativa para o tratamento e/ou prevenção de doenças na medicina veterinária, tendo em vista as diversas vantagens que apresentam em comparação aos produtos de origem sintética. A espécie Hesperozygis ringens (Benth.) Epling (Lamiaceae), popularmente conhecida por “espanta-pulga” merece destaque, uma vez que seu óleo essencial é detentor de propriedades aplicáveis em aquicultura, como larvicida, antimicrobiana, antiparasitária e anestésica. Por esta razão, este estudo objetivou avaliar o potencial de extratos de H. ringens como antibacterianos em piscicultura. Para isso, as folhas foram coletadas, secas, moídas e extraídas sequencialmente com hexano e, posteriormente, etanol, em aparelho de Soxhlet. Os extratos concentrados foram mantidos em dessecador e liofilizados. A atividade antibacteriana in vitro dos extratos foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo. O extrato hexânico de H. ringens (EHHR) apresentou o melhor resultado nos ensaios in vitro e foi utilizado para o ensaio de sobrevivência in vivo, onde juvenis de jundiá experimentalmente infectados por A. hydrophila foram expostos a um único banho terapêutico contendo os diferentes tratamentos (EHHR a 15 e 30 mg/L; florfenicol a 4 mg/L). A mortalidade foi avaliada durante 7 dias. Para a identificação dos fitoconstituintes presentes na fração volátil do EHHR utilizou-se cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, já para quantificação dos mesmos, cromatografia gasosa com detector por ionização em chama. O EHHR demonstrou-se eficaz nos ensaios de suscetibilidade in vitro, apresentando fraca atividade antibacteriana (concentrações inibitórias mínima, CIMs, e bactericidas mínima, CBMs, entre 1600 e 6400 μg/mL) frente a A. hydrophila, Aeromonas veronii, Citrobacter freundii e Raoultella ornithinolytica. Foram identificados seis constituintes fitoquímicos na fração volátil do EHHR, sendo que o monoterpenoide pulegona caracterizou-se como o majoritário. Este extrato permitiu uma taxa de sobrevivência relativa de 93,33% de jundiás infectados experimentalmente por A. hydrophila 7 dias após um único banho terapêutico a 30 mg/L, enquanto que o antimicrobiano florfenicol, promoveu uma taxa de 60%. O EHHR constitui uma fonte biodegradável promissora para o controle e tratamento de infecções bacterianas em aquicultura orgânica.
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