A constituição do sujeito na adolescência e a escrita de si: escolhas profissionais e produção de sentidos
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Data
2020-06-05Primeiro membro da banca
Scherer , Amanda Eloina
Segundo membro da banca
Biazus, Camilla Baldicera
Metadata
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O presente estudo aborda a temática da escolha profissional no contexto da adolescência. Possui registro no Gabinete de Projetos (GAP) nº 048944, sendo revisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 11 de julho de 2018, com registro Caae nº 92770318.2.0000.5346. Entendendo que o sujeito adolescente ocupa um lugar de entremeio infância-adultez, no qual se depara e é interpelado socialmente a fazer uma escolha profissional, nosso objetivo é compreender, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso pecheuxtiana, como se realizam os gestos de interpretação do sujeito adolescente com a necessidade de escolha profissional, partindo da escrita de si como uma ferramenta que propicia que o sujeito discursivize a questão que lhe é demandada. No que se refere à metodologia utilizada para constituição do arquivo, realizamos coleta de dados por meio de estudo de campo, sendo o dispositivo de análise e interpretação alicerçado na Análise de Discurso de linha francesa, proposta por Michel Pêcheux e seus pares na França, bem como vem sendo desenvolvida no Brasil por Eni Orlandi e outros: participaram do estudo 33 sujeitos integrantes de cinco turmas de Terceiros Anos, matriculados regularmente em cinco Escolas Estaduais de Ensino Médio da região central do Rio Grande do Sul, entre os meses de agosto e setembro de 2018. Foram selecionadas 45 sequências discursivas pertencentes a 30 atividades dissertativas de escrita de si, de modo a constituir um corpus que possibilite analisarmos as marcas linguístico-discursivas do/no discurso desses sujeitos. Como considerações finais, advindas de um gesto de leitura do arquivo, entendemos que é possível perceber, na relação dos sujeitos com a escolha profissional, um movimento entre “o que traz felicidade” “e” / “ou” “o que dá dinheiro”, bem como entre “ser” “e” / “ou” “fazer”; e observamos o funcionamento das modalidades de subjetivação propostas por Pêcheux ([1975] 1995) como de identificação e contraidentificação relativas ao funcionamento de formações sociais e, especialmente, quatro Formações Discursivas, as quais nomeamos como Familiar e Escolar (descritas a partir dos “Aparelhos Ideológicos de Estado”, de Althusser [1985]), e Adolescente e Econômica (que entendemos como globais).
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