Percepção de idosos sobre barreiras e facilitadores ambientais e sua relação com quedas
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Data
2021-02-22Primeiro membro da banca
Corazza, Sara Teresinha
Segundo membro da banca
Bajotto, Alethéia Peters
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As quedas geram um impacto negativo importante na vida dos idosos, uma vez que
este evento poderá comprometer à saúde física, emocional e social desta
população. Entre os fatores que colaboram para a ocorrência desse evento, há os
de natureza intrínseca, ligadas a alterações físicas, cognitivas e comportamentais
e extrínseca, como o ambiente. Assim, o objetivo da presente pesquisa foi
investigar e relacionar a percepção do ambiente com o medo, risco e número de
quedas em idosos. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal
com abordagem quantitativa/qualitativa, em que foram incluídos indivíduos com
idade igual ou superior a 60 anos, residentes de três bairros da zona urbana da
cidade de Santa Maria-RS, selecionados de acordo com a renda e percentil de
idosos para o total da população. Foram excluídos, idosos que apresentassem
declínio cognitivo, morassem em Instituições de Longa Permanência para Idosos
(ILPIs), ou não conseguissem locomover-se. A abordagem foi feita com visita
domiciliar, sendo utilizados como instrumentos, uma ficha de avaliação com
questões sociodemográficas e de saúde, o teste Timed Up and Go (TUG), um
questionário contendo a escala de Eficácia de Quedas-Internacional-Brasil (FES-I-
Brasil) afim de avaliar o risco e o medo de cair e a Escala de eficácia de equilíbrio
especifica para a atividade (CEA), de modo a identificar a confiança no equilíbrio.
O idoso, também foi convidado a realizar uma breve caminhada próxima a sua
residência com o intuito de identificar barreiras e facilitadores para quedas, através
do aplicativo Discovery Tool. Os dados coletados foram descritos e analisados no
programa estatístico SPSS versão 20.0. Foi realizado o teste de normalidade de
Kolgomorov-Smirnov e o teste de correlação de Pearson para a análise de relação
entre as variáveis. Considerou-se o nível de significância de 5%. As respostas
obtidas pelo aplicativo Discovery Tool foram analisadas de forma qualitativa,
através de categorização. Observou-se que os idosos, apresentaram em média
menos de uma queda no último ano, leve preocupação ou medo em cair, baixo
risco de quedas e boa percepção do equilíbrio. Em relação ao número total de
barreiras, 54,8% dos idosos perceberam duas barreiras e 54,8 % nenhum
facilitador. Já a frequência de barreiras mais percebidas, foram observadas no
bairro de alto nível socioeconômico, destacando-se as calçadas irregulares/mal
conservadas. Entre os facilitadores, também se observou maior frequência nesse
bairro, destacando-se as calçadas públicas conservadas. Conclui-se que a
percepção do ambiente não apresentou relação com as variáveis medo, risco e
número de quedas.
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