Aplicabilidade da realidade virtual no equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson em sessões de fisioterapia: uma revisão sistemática
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Data
2019-11-04Primeiro coorientador
Prado, Ana Lucia Cervi
Primeiro membro da banca
Marques, Rosana Niederauer
Segundo membro da banca
Martins, Juliana Saibt
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A doença de Parkinson é uma enfermidade degenerativa, crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Ela é causada pela morte dos neurônios que fazem a produção da dopamina na substância negra, manifestada por sinais cardinais, como bradicinesia, rigidez, tremor em repouso e instabilidade postural. Esses sintomas podem afetar o equilíbrio postural, sendo, então, a fisioterapia indicada na reabilitação de seus portadores. No entanto, o programa de reabilitação permanente pode se tornar desestimulante e diminuir a adesão ao tratamento pelo paciente. Assim, a realidade virtual – uma tecnologia que simula a realidade através de um computador, permitindo a criação de um espaço tridimensional a partir de um objetivo proposto –, quando associada à fisioterapia, apresenta potencial terapêutico em relação à reabilitação. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo revisar, sistematicamente, os efeitos da reabilitação baseada em realidade virtual em comparação com à fisioterapia convencional no tratamento do equilíbrio de indivíduos com Doença de Parkinson. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, de acordo com o Check-list da Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses e com as Diretrizes Metodológicas: elaboração de revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados, do Ministério da Saúde. A busca foi feita nas bases de dados MEDLINE, LILACS, Cochrane CENTRAL e PEDro, sem restrição de data de publicação e idioma, no período de janeiro a outubro de 2019, com a combinação dos descritores e seus respectivos termos, que são: Parkinson Disease, Virtual Reality e Physical Therapy Modalities; Parkinson Disease, Postural Balance e Virtual Reality; e Parkinson Disease, Postural Balance e Videogame. Nas pesquisas foram encontrados 256 artigos, e através dos critérios de inclusão e exclusão e da leitura dos resumos e dos manuscritos completos, foram selecionados sete artigos. A partir dos estudos incluídos, observou-se que os dois grupos de intervenção foram benéficos para o equilíbrio postural, sem diferenças significativas entre os resultados. Apesar da realidade virtual ter como vantagens o feedback auditivo/visual imediato, o conhecimento de desempenho e resultados e a alta repetição em um ambiente complexo – que podem ser um estímulo a mais aos pacientes –, ambas as intervenções são recomendadas. Entre as limitações, destaca-se a pequena amostra dos estudos, avaliações pouco específicas e sem valores de referência para essa população e o curto período de acompanhamento, assim como a heterogeneidade dos estudos, o que impacta nas possíveis generalizações para essa população. Assim, sugere-se a realização de mais pesquisas com essa temática com maior rigor metodológico e estudos experimentais com jogos sérios para tratar especificamente os sintomas da doença de Parkinson.
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