Dor persistente pós-operatória em cirurgias cardíacas e fatores de risco associados: estudo prospectivo observacional
Fecha
2020-10-30Primeiro membro da banca
Weinmann, Angela Regina Maciel
Segundo membro da banca
Godoy, Maria Celoni de Mello de
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e tem despertado nos profissionais da saúde grande interesse devido aos prejuízos e
às dificuldades de tratamento e seu alto custo. Dentre os procedimentos cirúrgicos a
cirurgia cardíaca tem importância especial por apresentar alta incidência e por gerar
um nível de ansiedade pré-operatório bastante elevado. Os mecanismos da
persistência de dor pós-operatória são complexos e não totalmente compreendidos.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a incidência de DPPO no
serviço de cirurgia cardíaca do HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria-RS), bem
como a identificação de fatores de risco para o desenvolvimento. Metodologia: Foi
realizado estudo de coorte prospectivo observacional, através de instrumento de
coleta, em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com esternotomia no HUSM
durante 12 meses, no qual participaram 103 pacientes, segundo fatores de inclusão e
exclusão. A fim de evidenciar a influência de fatores psicossociais na dor aguda, a
ansiedade foi avaliada por escala de HADS A, a depressão, por sua vez, foi avaliada
por escala de HADS D e as crenças negativas e respostas exageradas por escala de
catastrofização. Resultados: Este estudo apresentou uma incidência de 57% de
DPPO em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com esternotomia, após 3 meses.,
Identificou-se correlação significativa entre perfil de ansiedade (p=0,003), dor nas 48h
(p=0,022), transtornos psíquicos prévios (p=0,044), uso prévio de medicações
antidepressivas (p=0,027) e o desenvolvimento de DPPO. As variáveis significativas
durante a análise de regressão logística de DPPP em relação às variáveis estudadas,
a partir da determinação do ORajustado, foram HADS A (p=0,015) apresentando 10,93
vezes mais chance de apresentar DPPO, Dor às 48h (p=0,009) com 2,79 mais chance
de apresentar DPPO e o uso de antidepressivo (p=0,041) com 5,04 mais chance de
apresentar DPPO. Conclusão: Dados resultados obtidos é possível associar, ante à
população estudada, os fatores de risco como ansiedade e catastrofização ao
desenvolvimento de DPPO. Vale ressaltar que a correta identificação e tratamento de
DA e subaguda são fatores importantes a serem avaliados durante a anamnese de
pacientes que passaram por cirurgia cardíaca com esternotomia, com a finalidade
reduzir a evolução do quadro para DPPO, pois dor em 48h pós procedimento também
se mostrou fator de risco. Além disso, o fato de fazer uso de antidepressivos traz
maiores chances de desenvolver DPPO, segundo este estudo.
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