Passeios pelos bosques da confissão: as escritas de si em Confissões de Ralfo (1975), de Sérgio Sant’Anna
Fecha
2021-05-07Primeiro membro da banca
Mathias, Dionei
Segundo membro da banca
Berned, Pablo Lemos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho tem por objetivo analisar no texto literário Confissões de Ralfo (1975), do escritor Sérgio Sant’Anna, os gêneros das escritas de si e os diferentes pactos de leitura que compõem a narrativa. A percepção desses distintos gêneros, já expostos no título e no subtítulo da narrativa, levou-nos a pesquisar sobre a mistura entre o romance e outras formas de ficção e não-ficção. Sendo assim, dividimos a presente pesquisa em quatro partes, sendo a primeira responsável por contextualizar o cenário brasileiro dos anos 1970 e 1980, momento em que Sérgio Sant’Anna inicia sua carreira literária e período no qual o processo de hibridismo literário fica em maior evidência. É também nesse período que a literatura denominada pós-moderna, cujas manifestações misturam diferentes gêneros e linguagens artísticas, assume certa proeminência no âmbito da literatura brasileira. A segunda parte tem como propósito apresentar considerações teóricas sobre os gêneros autobiografia, confissões, memórias, testemunho, autoficção, diário e correspondência, escritas de si que estão registradas no texto e no paratexto de Confissões de Ralfo (1975). Ao percebermos a inserção desses diferentes gêneros na narrativa, consideramos de extrema importância discutir os pactos de leitura, espécie de contrato tácito entre o autor e o leitor. Os pactos abordados são o referencial, comprometido com uma referencialidade externa ao texto literário, e o acordo ficcional, no qual o leitor suspende sua descrença diante do texto de ficção. Já a terceira parte apresenta uma análise atenta de Confissões de Ralfo (1975) a partir de excertos do texto literário e do paratexto. O objetivo é examinar como os gêneros das escritas de si (ficcionais e não-ficcionais) estão inscritos nesse romance e, também, com a análise, abordar como os pactos de leitura são construídos. Por fim, o último capítulo discute a paródia presente na expressão “autobiografia imaginária”, bem como em outras passagens do livro e, ainda, avalia o pastiche das escritas de si, recurso que Sérgio Sant’Anna utiliza para referenciar os gêneros que analisamos no decorrer de nosso trabalho.
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