Temperatura de secagem e condições de armazenamento para manutenção da qualidade de pecãs com ou sem casca e diferentes umidades da amêndoa
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Data
2021-08-24Primeiro membro da banca
Wagner, Roger
Segundo membro da banca
Anese, Rogerio de Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A secagem e o armazenamento das nozes-pecã são processos fundamentais durante a pós-colheita e requerem pesquisas adicionais para ampliar as possibilidades dos produtores. A redução da umidade de amêndoa pela secagem é necessária para reduzir o processo oxidativo e o armazenamento em condições adequadas fornecem pecãs de boa qualidade ao produtor e consumidor no período de entressafra. Neste sentido, a presente dissertação está composta por três capítulos (artigos). No primeiro artigo [1], buscou-se avaliar o efeito de temperaturas estáticas (40 °C e 60 °C) e dinâmicas (ambiente e 40↔60 °C) de secagem. No segundo artigo [2], o efeito da aplicação de 1-MCP (1μL L-¹) sobre pecãs com e sem casca, armazenadas durante 6 meses em temperatura ambiente (17 ± 3,9 °C). No terceiro artigo [3], investigou-se a interação entre condições de umidade de amêndoa (4 e 6%) e condições de atmosfera (CA) com 20.9 e 2 kPa de oxigênio, em pecãs ‘Barton’ e ‘Jackson’ armazenadas durante 8 e 12 meses à 20 °C. Nos três artigos/capítulos fez-se análises sobre a qualidade físico-química, parâmetros de cor e o perfil de compostos voláteis. Com relação ao primeiro capítulo, a melhor manutenção da coloração amarela foi observada nas pecãs secas em temperatura dinâmica ambiente, porém não diferindo das pecãs secas à 60 °C, já a secagem em 40↔60 °C não diferiu da condição de 60 °C. A secagem em temperatura estática à 60 °C e dinâmica à 40↔60 °C resultou em pecãs com umidade de amêndoa de 4,5% após 18 e 36 h respectivamente, representando um ganho de tempo de secagem significativo, uma vez que a secagem em condição ambiente chegou nesta umidade após 800 h. A secagem de pecãs em temperaturas dinâmicas (ambiente e 40↔60 °C) apresentaram a menor abundância de aldeídos totais quando comparado a secagem em temperatura estática (40 e 60 °C). No segundo capítulo, a manutenção da casca + 1-MCP resultou em pecãs com maior Luminosidade (L). Foi encontrado menor incidência e severidade de escurecimento interno em pecãs armazenadas com casca, sendo ainda menor com a aplicação de 1-MCP. Em pecãs com e sem casca, observou-se menor acidez e índice de peróxidos devido a aplicação de 1-MCP. A abundância de aldeídos, álcoois e cetonas, foi drasticamente reduzida pela manutenção da casca, e em pecãs com ou sem casca a aplicação de 1-MCP reduziu a abundância de pentanol, hexanal, hexanol, octanal, nonanal e aldeídos e álcoois totais. No terceiro capítulo, a menor pressão parcial de O2 (2 kPa) na atmosfera de armazenamento mostrou-se eficaz na redução da abundância de voláteis relacionados a oxidação (hexanal, hexanol, heptanol e nonanal) e na manutenção da coloração amarela (hue° e L) de pecãs com 6% de umidade de amêndoa após 8 e 12 meses. Com os resultados encontrados no presente trabalho é possível fazer recomendações aos produtores com a finalidade de ampliar as possibilidades tanto na secagem (temperatura de secagem, tempo e teor de umidade final da amêndoa), como para o armazenamento, dependendo da estrutura disponível e a estratégia de secagem adotada.
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