Métodos para simular a usinagem em CAD/CAM em uma cerâmica de dissilicato de lítio: efeito na topografia, comportamento à fadiga e adesão
Visualizar/ Abrir
Data
2021-09-21Primeiro membro da banca
Fraga, Sara
Segundo membro da banca
Bonfante, Estevam Augusto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente dissertação é composta por dois artigos científicos que avaliaram as características topográficas, a resistência de união e o comportamento em fadiga de espécimes de dissilicato de lítio (DL) fabricados via diferentes métodos laboratoriais visando a simulação da usinagem realizada pela tecnologia Computer-aided Design/Computer-aided Manufacturing (CAD/CAM). O primeiro artigo investigou a resistência de união do DL a um cimento resinoso quando os espécimes cerâmicos (IPS e.max CAD, Ivoclar Vivadent) foram produzidos através de seis metodologias experimentais [polimento com sequência de lixas de carbeto de silício (POL); lixa de carbeto de silício de granulação #60 (SiC); lixa de madeira de granulação #60 (WS); ponta diamantada de granulação fina (DB); broca do sistema CAD/CAM adaptada à um mandril e uma peça de mão (MANDREL);], e pela usinagem em sistema CAD/CAM (CEREC inlab MC XL, Sirona) (grupo controle - CAD/CAM). Os espécimes de DL foram condicionados com ácido fluorídrico 5% por 20 segundos, e subsequentemente silanizados. Cilindros de cimento resinoso foram cimentados, submetidos ao teste de microcisalhamento (n= 45) e avaliados microscopicamente quanto ao padrão de falha apresentado. Análises de rugosidade, ângulo de contato, dimensão fractal e microscopia eletrônica de varredura foram realizadas. A dimensão fractal mostrou diferentes complexidades de acordo com os protocolos. Nenhum dos protocolos experimentais apresentou valores de rugosidade superficial similares ao grupo CAD/CAM, no entanto, foram semelhantes em relação à topografia de superfície. Não houveram diferenças entre os grupos de simulação e o grupo usinado considerando os resultados de resistência de união, porém o grupo polido apresentou menores valores no teste de microcisalhamento. A maioria das falhas foram predominantemente adesivas. Assim, os métodos de simulação in-lab se mostraram como alternativas viáveis na confecção de espécimes com comportamento adesivo semelhante a espécimes usinados. O segundo artigo avaliou os mesmos métodos experimentais no comportamento em fadiga do DL. Para isso, discos de dissilicato (n= 19, Ø= 13,5 mm, 1,5 mm de espessura) foram confeccionados de acordo com mesmos protocolos descritos anteriormente. Os espécimes foram cimentados adesivamente à discos de resina epóxi (material análogo à dentina; Ø= 12 mm; 2,0 mm de espessura) e testados em fadiga de acordo com a metodologia step-stress (carga inicial de 200 N; 20 Hz de frequência, incrementos de carga de 50 N, 10.000 ciclos por step). Foram realizadas as análises complementares de ângulo de contato, rugosidade e microscopia eletrônica por varredura para topografia e fractografia. O comportamento em fadiga foi afetado pelos protocolos de fabricação (CAD/CAM 1250 < SiC 1355 = WS 1357 < DB 1476 = MANDREL 1526 < POL 1752). Os parâmetros de rugosidade do grupo CAD/CAM foram similares com os grupos SiC, WS e MANDREL. O ângulo de contato pré-condicionamento com ácido fluorídrico foi similar entre os grupos CAD/CAM, SiC, WS e DB, contudo após o condicionamento os valores foram similares entre todos os grupos, com exceção para o grupo polido. Assim, embora os métodos de simulação in-lab tenham apresentado algumas semelhanças topográficas, nenhum deles foi capaz de mimetizar o comportamento em fadiga de espécimes usinados via CAD/CAM.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: