Produtividade de minicepas e enraizamento de miniestacas de Eucalyptus spp. cultivadas em diferentes manejos de minijardim clonal
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Data
2020-02-21Primeiro coorientador
Tabaldi, Luciane Almeri
Primeiro membro da banca
Saldanha, Cleber Witt
Segundo membro da banca
Gasparin, Ezequiel
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O gênero Eucalyptus é amplamente plantado no Brasil e a implantação de novos povoamentos demanda mudas em quantidade e qualidade. O uso de estufim sobre o minijardim clonal (MJC) promove mudanças no microambiente, como aumento da temperatura e umidade, e consequentemente, aumento da produtividade das minicepas melhorando a qualidade das miniestacas produzidas. O objetivo do estudo foi avaliar a influência do uso do estufim durante a estação do inverno na produtividade, morfologia e fisiologia das minicepas, sobrevivência e enraizamento das estacas e, qualidade das mudas produzidas. O estudo foi realizado no inverno/2018, no Horto Florestal Barba Negra, no estado do Rio Grande do Sul. O experimento foi conduzido em delineamento blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com dois tipos de manejo do minijardim na parcela principal (com e sem estufim) e três clones nas subparcelas, com seis repetições de 72 cepas, organizadas em espaçamento de 10 cm x 11 cm e dispostas na configuração 8 x 9, totalizando 432 minicepas por tratamento. O MJC foi constituído por três clones: E. saligna, E. dunnii e E. urophylla x E. globulus (E. uroglobulus). Os atributos morfológicos, fisiológicos e a produtividade das minicepas, bem como os fatores ambientais foram avaliados nos dois MJCs. A avaliação da sobrevivência e enraizamento das miniestacas foi realizadas nos materiais provenientes de ambos ambientes. Também foram avaliados os atributos morfológicos das mudas aos 90 dias após o estaqueamento. Os dados foram submetidos à análise de variância, considerando dois fatores: manejo do MJC e clones. Adicionalmente realizou-se uma análise de componentes principais (PCA) com o objetivo de encontrar os pesos de cada variável para maximizar a variância entre os pontos de amostragem. O MJC com estufim apresentou aumento da temperatura, umidade relativa do ar e déficit de saturação do vapor d’água. As minicepas do MJC com estufim apresentaram maior teor de clorofila a, redução na produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) e da atividade da enzima guaiacol peroxidase (POD). As minicepas do MJC com estufim apresentaram maior taxa de transporte de elétrons (ETRm) e rendimento quântico efetivo do fotossistema II (Y(II)), atributos que estão diretamente relacionados com o enraizamento, conforme demonstrado pela PCA. A produtividade e a sobrevivência foram indiferentes à presença do estufim, entretanto o enraizamento dos clones de E. saligna e E. uroglobulus foi favorecido pelo uso do estufim. As mudas provenientes de estacas do MJC com estufim apresentaram qualidade morfológica superior, considerando atributos como massa seca radicular e área foliar. Portanto, o uso do estufim no MJC é indicado para o inverno no Sul do Brasil, pois melhora a qualidade das minicepas e das mudas, além de proporcionar ganhos no enraizamento.
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