Manejo de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) em milho com plantas Bt, inseticidas químicos e Baculovirus
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Data
2021-09-10Primeiro membro da banca
Perini, Clérison Régis
Segundo membro da banca
Magano, Deivid Araújo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (J. E. Smith 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada o principal inseto-praga da cultura do milho (Zea mays) no Brasil. O controle dessa praga é realizado principalmente com o uso de Plantas Bt (Bacillus thuringiensis) e inseticidas químicos e, mais recentemente, tem crescido o uso de inseticidas biológicos como uma nova alternativa a ser somada ao Manejo Integrado de Pragas. Tendo como objetivo avaliar a eficácia das proteínas Bt expressas por alguns híbridos de milho disponíveis no mercado, assim como a interação com o uso de inseticidas químicos e biológicos a base de Baculovirus spodoptera para o controle dessa espécie, foram realizados experimentos em campo, com infestação natural de S. frugiperda, durante duas épocas de semeadura na safra de 2019/20. Foram avaliados 5 híbridos de milho Bt e um híbrido de milho não-Bt, além de 6 inseticidas químicos e 2 inseticidas biológicos. As avaliações foram realizadas em intervalo de cinco dias, atribuindo-se notas de dano, de acordo com a Escala de Davis (1992), além de contabilizar o número de plantas atacadas. Para a tomada de decisão das aplicações inseticidas, foi atribuído um nível de controle sempre que 10% das plantas avaliadas apresentassem nota de dano ≥ 3. No primeiro cultivo da safra 2019/2020, DKB 290 (Cry1A.105/ Cry2Ab2/ Cry3Bb1) e Morgan 20A78 (Cry1F/ Cry1A.105/ Cry2Ab2) necessitaram de quatro aplicações inseticidas, enquanto Pioneer 32R22YHR (Cry1F/ Cry1Ab) e Pioneer 30F53R (não-Bt) necessitaram de cinco aplicações inseticidas para mitigar os danos de S. frugiperda. No segundo cultivo, DKB 290 e Morgan 20A78 necessitaram de três a seis aplicações inseticidas, enquanto Pioneer 32R22YHR e Pioneer 30F53R (não-Bt) necessitaram de cinco a sete aplicações inseticidas. Por outro lado, em ambos os cultivos, Pioneer 30F53VYHR (Cry1Ab/ Cry1F/ Vip3Aa20) e Brevant 2401 (Cry1F/ Cry1A.105/ Cry2Ab2/ Vip3Aa20) não necessitaram de aplicações inseticidas, evidenciando a eficiência das toxinas Vip. A respeito da combinação de inseticida químicos + biológicos, no primeiro cultivo, iniciar as aplicações com Baculovirus spodoptera foi mais eficiente, sendo que no híbrido de milho Pioneer 30F53R a combinação Baculovirus spodoptera + Exalt foi a que desempenhou melhor resultado e, no híbrido de milho Pioneer 32R22YHR a melhor combinação foi Baculovirus spodoptera + Exalt e Avatar. Já no segundo cultivo, iniciar as aplicações com inseticidas químicos apresentou menor índices de danos, pois em ambos os híbridos de milho, a melhor combinação foi iniciar os tratamentos utilizando Exalt + Baculovirus spodoptera. Dentre os inseticidas químicos utilizados neste trabalho, os que desempenharam melhor resultado foram Exalt e Premio.
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