Diversidade genética e estrutura de populações de Helosis brasiliensis Schott & Endl. (Balanophoraceae) do Rio Grande do Sul
Fecha
2021-10-01Primeiro membro da banca
Silva, Antônio Carlos Ferreira da
Segundo membro da banca
Silva, Leonardo Nogueira da
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Helosis brasiliensis (Balanophoraceae) é uma planta parasita, com ocorrência nas
regiões sul, sudoeste e nordeste do Brasil, associada ao Bioma Mata Atlântica. É encontrada
sobre solos rochosos próximos a córregos e em florestas de transição, em locais úmidos, com
pouca incidência de luz solar e com disponibilidade de matéria orgânica. É conhecida
popularmente como espiga-de-dragão, e caracteriza-se por ser uma erva holoparasita geófita,
com um corpo vegetativo subterrâneo, o qual se agrega à planta hospedeira. Possui uma
estrutura rizomatosa, e não apresenta folhas e raízes. Sua inflorescência, com cerca de 5-10 cm,
aparece em um curto período quando o clima é propício para sua emergência. Na literatura
encontramos poucos estudos morfológicos e moleculares envolvendo a espécie. Assim, o
objetivo desse trabalho é avaliar a diversidade genética e estrutura de populações de Helosis
brasiliensis do Rio Grande do Sul, bem como identificar as espécies que podem ser parasitadas
por ela. Foram feitas coletas de quatro populações de H. brasiliensis nos municípios de Silveira
Martins, Passa Sete, Candelária e Teutônia, totalizando 52 indivíduos. No laboratório de
Genética Vegetal foram realizadas extrações de DNA total, seguido das reações de PCR
utilizando dois tipos de marcadores moleculares para a avaliação da diversidade genética e
estrutura populacional: o espaçador ribossomal nuclear ITS e ISSR. As amostras amplificadas
para a região do ITS foram sequenciadas analisadas nos softwares Clustal X, MEGA, Structure
X e GenAlEx. As amostras amplificadas com ISSR foram visualizadas em gel de agarose e
analisadas no software GenAlEx e Structure X. Também foram coletadas amostras de espécies
de plantas arbóreas e arbustivas fotossintetizantes em um raio de 3 metros das populações de
H. brasiliensis para posterior identificação taxonômica das espécies potencialmente
parasitadas, além de algumas raízes que estavam próximas aos indivíduos de Helosis. Os
índices de diversidade genética foram mais altos dentro das populações que entre as populações.
A análise de PCoA revelou cinco grupos genéticos nas populações amostradas. Os indivíduos
na população de Teutônia se dividiram em dois grupos. A forma geral, a espécie apresenta
níveis de diversidade genética moderados (I: 0,529) e polimorfismo alto (89,42%). A partir das
análises taxonômicas, conseguimos relatar que a espécie em estudo possui em seu habitat 6
espécies de 6 famílias, sendo elas: Gramineae, Lauraceae, Meliaceae, Piperaceae e
Sapindaceae, que foram identificadas em mais de um local de amostragens possuindo alta
probabilidade de serem hospedeiras da espécie no Rio Grande do Sul. Conclui-se que H.
brasiliensis possui alta diversidade genética nas populações analisadas. Ainda não foi possível
determinar quais espécies são parasitadas por Helosis brasiliensis no Rio Grande do Sul, mas
os resultados obtidos até o momento sugerem que a espécie pode parasitar mais de uma espécie
de plantas florestais.
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