As alterações da marcha como fatores preditores de depressão incidente: uma revisão sistemática
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Data
2020-07-30Primeiro membro da banca
Saccol, Michele Forgiarini
Segundo membro da banca
Tartaruga, Leonardo Alexandre Peyré
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: A depressão é um transtorno multifatorial, que atinge pessoas de todas as idades e ambos os sexos, associada a disfunções emocionais e motoras, prejudicando assim a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivo: Verificar se alterações em parâmetros da marcha podem predizer o risco de depressão incidente. Metodologia: O estudo caracterizou-se por ser do tipo revisão sistemática, onde foi realizada uma busca em quatro bases de dados (PubMed, PsycINFO, Web of Science e SPORTDiscus), incluindo artigos de coorte longitudinais, com seguimento de no mínimo um ano, escritos em português, inglês ou espanhol, que avaliaram depressão e marcha no baseline e o subsequente risco de depressão incidente de acordo com a alteração de algum parâmetro da marcha. O risco de viés dos estudos foi avaliada através da escala NewCastle Ottawa Scale (NOS). Foram realizadas meta-análises de efeitos randômicos, calculando o risco em odds ratio (OR) ajustado e não ajustado, junto com o intervalo de confiança. A heterogeneidade foi avaliada através da estatística I². As potenciais fontes de heterogeneidade (Sexo, idade e follow-up) foram exploradas por meta-regressões. Resultados: Foram incluídos 7 estudos, onde foram avaliados 21.038 participantes. Durante a análise da velocidade da marcha não ajustada as pessoas mais lentas tinham um risco 2,88 vezes maior de desenvolver depressão, enquanto na ajustada um risco de 1,63. Ao investigar a velocidade antes e após os potenciais moderadores (sexo, idade e follow-up), percebeu-se que nenhum fator avaliado modera a associação entre alteração na marcha e risco de depressão incidente. A avaliação da qualidade dos estudos atingiu uma pontuação média de 7,5 (Desvio Padrão= 0,5). Conclusão: Uma menor velocidade de caminhada está associada com um maior risco de desenvolvimento de depressão.
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