Envolvimento de fatores oxidativos e inflamatórios sobre a resistência ao tratamento com fluoxetina em um modelo de depressão em camundongos
Fecha
2021-10-27Primeiro coorientador
Santos, Gabriela Trevisan dos
Primeiro membro da banca
Fachinetto, Roselei
Segundo membro da banca
Boeck, Carina Rodrigues
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A depressão maior (DM) está entre um dos transtornos mentais mais incapacitantes do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas são acometidas pela DM. O transtorno é caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, os quais incluem humor deprimido, anedonia, ideias de arrependimento e culpa, distúrbios alimentares e de sono, dentre outros. A DM está altamente relacionada com as taxas de suicídio. De forma preocupante, uma parcela significativa de pacientes com DM são refratários aos agentes antidepressivos disponíveis (aproximadamente 30 a 50%), sendo esses considerados portadores da depressão resistente ao tratamento (DRT). A fisiopatologia da DM, bem como da DRT ainda não está totalmente elucidada. No entanto, o estresse oxidativo e o processo inflamatório podem ser importantes mecanismos envolvidos nestes processos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se marcadores oxidativos e inflamatórios podem estar envolvidos na resistência ao tratamento de fluoxetina em camundongos submetidos ao protocolo de indução de comportamento tipo-depressivo. Para isso, foi utilizado o modelo de administração crônica de corticosterona (ACC). Para estratificar os animais em responsivos ao tratamento (fluoxetina) e não responsivos, foi utilizado o teste de suspensão da cauda. Além deste teste comportamental, os animais foram avaliados no teste de nado forçado, labirinto de cruz elevada e campo aberto. Após os testes comportamentais, os animais foram sacrificados e amostras de sangue e estruturas cerebrais (hipocampo, córtex pré-frontal e estriado) foram retiradas para as análises oxidativas e inflamatórias. Foi observado que os animais que tiveram uma pior resposta a fluoxetina no teste de suspensão da cauda, apresentaram um comportamento tipo-ansioso no teste do labirinto em cruz elevado e um maior tempo de luta no teste no nado forçado. Além disso, este mesmo grupo de animais apresentaram maiores níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) e menor atividade da catalase no hipocampo. Também foi demonstrado que os animais resistentes à fluoxetina apresentaram níveis periféricos aumentados de IL-17 e INF-γ quando comparados aos níveis dessas citocinas nos animais que tiveram uma boa resposta à fluoxetina. Assim, pode ser sugerido que a refratariedade ao tratamento antidepressivo com fluoxetina pode estar relacionada a um desequilíbrio oxidativo hipocampal, bem como a um aumento de interleucinas periféricas.
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