Características do teletrabalho e síndrome de burnout em professores da educação básica durante a pandemia da Covid-19
Fecha
2022-05-26Primeiro coorientador
Siqueira, Aline Cardoso
Primeiro membro da banca
Martins, Lara Barros
Segundo membro da banca
Oliveira, Clarissa Tochetto de
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O Ensino Remoto Emergencial, adotado para viabilizar a continuidade das atividades
educacionais frente às medidas de combate à propagação do vírus da COVID-19, provocou
uma série de modificações nas características do trabalho docente, pela imposição do
teletrabalho. Esse cenário contribuiu no agravo das condições de saúde mental dos
professores, que constituem uma das categorias profissionais mais acometidas por doenças
ocupacionais. Diante disso, este estudo objetivou avaliar a relação entre as características do
teletrabalho e a síndrome de Burnout em professores de educação básica do Estado do Rio
Grande do Sul, durante a pandemia da COVID-19. Para tanto, três estudos foram realizados.
No estudo 1, o método adotado foi a revisão narrativa de literatura, por meio da construção de
um referencial teórico-analítico de publicações sobre os aspectos estruturais do trabalho
docente na educação básica, considerando eventos sociohistóricos, políticos e econômicos, e
de estudos recentes, publicados a partir de 2020, que relacionam os aspectos pandemia e o
trabalho docente. Os Estudos 2 e 3, de método quantitativo, transversal e correlacional,
resultaram de uma pesquisa on-line, em que participaram 304 professores de educação básica
do Rio Grande do Sul. Os professores responderam um questionário de dados
sociodemográficos, o Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el
Trabajo (CESQT) e o Work Design Questionnaire (WDQ). Os dados derivados dos estudos
empíricos foram submetidos à estatística descritiva, análises de correlação de Spearmann, e os
testes U de Mann Whitney e Kruskall Wallis de comparação por grupos. A partir do Estudo 1,
identificou-se fatores organizacionais de nível macrossocial, que ameaçam o bem-estar físico
e emocional dos professores na realização do seu trabalho, e que se intensificaram com as
mudanças impostas pela pandemia da COVID-19. Os resultados dos Estudos 2 e 3, indicaram
uma percepção negativa dos docentes em relação às características do seu contexto de
trabalho, níveis mais altos de burnout em professores que já apresentavam algum diagnóstico
de transtorno mental, e diferenças nas percepções de características do trabalho e nos níveis
de burnout, entre docentes que atuam na educação infantil e nos anos finais do ensino
fundamental e médio. Foram identificadas correlações entre as características do trabalho e as
dimensões da Síndrome de Burnout. Conclui-se que são necessárias intervenções que visem à
promoção de saúde mental no trabalho docente, que só serão efetivas a partir de modificações
na organização do trabalho, considerando as características e especificidades de cada contexto
de atuação e nível de ensino.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: