Uso de padrões atmosféricos climatológicos na previsão diária de eventos de precipitação intensa no Rio Grande do Sul
Fecha
2020-03-18Primeiro coorientador
Santos, Daniel Caetano
Primeiro membro da banca
Nunes, André Becker
Segundo membro da banca
Nascimento, Ernani de Lima
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho tem como objetivo, realizar uma avaliação comparativa quantitativa e qualitativa dos padrões atmosféricos apresentados por Santos (2012) com as saídas de modelos
de previsão do tempo, com a finalidade de prever a localização da ocorrência dos eventos
de chuvas com uma maior acurácia e utilizar um método de previsão por padrões para prever precipitações extremas sobre o Rio Grande do Sul (RS). Para isso, foram selecionados
3 eventos de precipitação em que houve o acumulado superior a 50 mm em 24 horas. Os
dados de previsão obtidos para as comparações com os Padrões de Santos (2012), foram
as previsões do modelo GFS (Global Forecast System), utilizadas suas saídas diárias dos
horários das 12 UTC para 48 horas de previsão. Os dados do GFS foram armazenados
desde janeiro de 2017 até junho de 2019, na forma de um banco de dados. As variáveis
utilizadas foram pressão ao nível médio do mar, espessura da camada entre 500 hPa e
1000 hPa, altura geopotencial em 500 hPa, componente zonal do vento em 850 hPa, componente meridional do vento em 850 hPa, umidade específica em 850 hPa, temperatura
do ar em 850 hPa, componente zonal do vento em 200 hPa e componente meridional do
vento em 200 hPa. As simulações obtidas e os padrões de Santos (2012), foram convertidos para matrizes e assim aplicados ao teste de correlação de Pearson para verificar a
semelhança quantitativa das simulações do GFS com o 5 Padrões de Santos (2012). O
evento 1, registrado no dia 20 de julho de 2018, foi identifico como uma frente fria, associado a uma ciclogênese sobre o Oceano Atlântico e demostrando maior semelhança
com o Padrão 3 de Santos (2012). Quantitativamente também foi identificada semelhança
com Padrão 3, observando na pressão o nível médio do mar, variável que apresentou um
comportamento mais claro em diferenciar a previsão com os Padrões, correlação no valor
de 0,84 na previsão 24 horas antes do evento e 0,854 na previsão de 48 horas antes do
evento. O evento 2, registrado no dia 25 de julho de 2018, se deve a um VCAN suptropical, proveniente da quebra do eixo do cavado em 500 hPa. Qualitativamente, este evento
tem semelhança com o Padrão 2, porém quantitativamente não foi possível identificar um
índice de maior correlação. O evento 3, observado um SCM, com características de um
pré frontal com um cavado em 500 hPa sobre os Andes, baixo gradiente de espessura e
intensificação da pressão sobre o sudeste do América do Sul, assemelham-se ao Padrão
1 de Santos (2012) no dia 17 de novembro de 2018, apresentou correlação de 0,8412 na
simulação 24 horas e 0,783 na simulação 48 horas antes do evento. Apesar do número
restrito de casos analisados neste estudo, o reconhecimento mostrou-se satisfatório dos
padrões de frente fria e SCM, visto que esses são os principais sistemas precipitantes do
RS.
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