Otimização do cozimento kraft para produção de celulose a partir de madeiras de Eucalyptus globulus com diferentes teores de lignina
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Data
2002-07-04Primeiro membro da banca
Silva Júnior, Francides Gomes da
Segundo membro da banca
Haselein, Clovis Roberto
Metadata
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Neste estudo, foi realizada a otimização do cozimento kraft de madeiras
de Eucalyptus globulus com dois níveis diferentes de teor de lignina. Foram
realizados 72 cozimentos com cavacos de seis árvores de Eucalyptus
globulus Labill. subespécie globulus com oito anos de idade. As árvores
foram selecionadas com base em uma amostragem de 50 indivíduos da
espécie. Os cavacos das três árvores de menor teor de lignina, com média
de 20,53%, foram misturados entre si proporcionalmente ao peso das
árvores, formando o nível com teor de lignina baixo; os cavacos das três
árvores de maior teor de lignina, com média de 23,02%, também misturados
proporcionalmente entre si, formaram o nível de teor de lignina alto. Os dois
níveis diferiram estatisticamente entre si, diferentemente das densidades
básicas das madeiras não diferiram. Avaliaram-se três condições de
temperatura máxima de cozimento (160, 165 e 170ºC) e três condições de
álcali ativo (17, 18,5 e 20%) para os dois níveis de lignina. Através de análise
de regressão estabeleceram-se relações entre as características das
celuloses e as condições de cozimento que melhor representassem os
pontos ótimos. A otimização realizada através dos modelos de regressão
selecionados indicou temperatura máxima de 168ºC e álcali ativo de 17,9%,
para se obter o máximo rendimento depurado com número kappa 18 para as
madeiras de baixo teor de lignina. Para as madeiras de alto teor de lignina,
as condições otimizadas foram temperatura máxima de cozimento de 169ºC
e álcali ativo de 19%, para obter número kappa 18. Uma redução média de
2,49% no teor de lignina na madeira, promoveu um ganho médio de 2,2% no
rendimento depurado, base madeira, e uma redução média de 1,2% de álcali
ativo aplicado, base madeira, obtendo-se valores de número kappa de 16 a
19 e mantendo-se as demais propriedades da celulose com bons níveis de
qualidade. Se, adicionalmente, optar-se por trabalhar com números kappa 19
em vez de 16, o ganho em rendimento depurado é de cerca de 2%. Isso
significa que com madeira de baixo teor de lignina e número kappa 19
consegue-se cerca de 4,2% a mais de rendimento depurado e 2 a 2,5% a
menos de carga aplicada de álcali ativo, em relação a madeira com alto teor
de lignina deslignificada a número kappa 16.
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